Em meados do ano que vem, a ponte que vai ligar Foz do Iguaçu a Presidente Franco, no Paraguai, estará concluída. Junto com ela, também estará pronta a Perimetral Leste, que ligará as aduanas Brasil-Paraguai da Ponte da Integração e a aduana da Argentina à BR-277, na saída de Foz.
A execução da ponte, nas duas margens, está dentro do cronograma, apesar das chuvas de janeiro. As obras já chegam a 45% do total. A Itaipu investiu R$ 104 milhões dos R$ 323 milhões previstos até o final.
Também financiada pela margem brasileira de Itaipu, a Perimetral Leste tem previsão de custo de R$ 140 milhões. As obras incluem a rodovia, com 15 quilômetros de extensão, dois viadutos, uma rotatória alongada, duas travessias e duas aduanas (Brasil e Paraguai).
TRÊS PONTOS
Os trabalhos na Perimetral Leste já estão acontecendo em três pontos diferentes do projeto. As áreas mais avançadas ficam próximas à Aduana da Argentina e à Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu II, no bairro Jardim Europa.
Nesses locais, já foi encerrada a primeira fase das obras, que é a supressão vegetal (desmatamento e corte de árvores, de acordo com o licenciamento ambiental). Estão em andamento os trabalhos de movimentação de terra (terraplanagem), bem como a coleta de material e de amostras do solo para ensaios.
“Também já teve início a escavação para a construção do viaduto que dará acesso à aduana da Argentina e à Ponte da Fraternidade”, explicou a engenheira civil Chirley Taina Kaul, do Consórcio Ponte Brasil-Paraguai, que é responsável pela supervisão das obras da ponte e do acesso.
Além disso, no canteiro de obras, já estão sendo preparadas as armações e ferragens que serão utilizadas na construção do viaduto.
A terceira frente de trabalho fica em uma área próxima à obra da ponte da Integração Brasil-Paraguai. Nesse ponto, os trabalhos estão na primeira fase, de supressão vegetal.
“No total, temos cerca de 50 pessoas trabalhando nesses locais, mas esse número ainda vai crescer bastante”, informou o engenheiro civil Filipe Marconatto, também do Consórcio Ponte Brasil-Paraguai.
Após a limpeza do terreno, terraplanagem e drenagem, terá início a pavimentação e, nos locais indicados pelo projeto, as estruturas conhecidas como “obras de arte”, como viadutos e pontes. A estrutura completa, no valor de R$ 140 milhões, financiada pela Itaipu Binacional, deve ser concluída em meados de 2022, juntamente com a ponte.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) é o órgão responsável pela supervisão do empreendimento, gerenciado pelo governo do Paraná, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
TURISMO E LOGÍSTICA
A perimetral fará a ligação entre a nova ponte e a BR-277, desviando o tráfego de caminhões pesados das avenidas turísticas e centrais de Foz do Iguaçu. “A nova ponte e a perimetral vão resolver um problema logístico, com impactos positivos também para o turismo, que é a vocação natural de Foz do Iguaçu”, comenta o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
O projeto preliminar da perimetral prevê trevos na BR-469 (Rodovia das Cataratas) e na BR-277, além de rotatória alongada próximo ao presídio e duas travessias em desnível, nas avenidas Felipe Wandscheer e República Argentina.
Cada estrutura completa dos trevos será dotada de quatro alças giratórias que permitirão o acesso e saída de cada pista e em todos os sentidos do entroncamento rodoviário. A estrutura no acesso à Argentina terá duas alças giratórias.
A atual aduana do Brasil, na fronteira com a Argentina, será demolida. O acesso à nova aduana será feito por um viaduto ligando a Ponte da Integração à Perimetral Leste.
SONHO ANTIGO
A reivindicação de construção de uma perimetral para desviar o tráfego pesado da área central e turística de Foz do Iguaçu é antiga. Mas, na época, pensava-se apenas nos caminhões que circulam entre o Brasil e a Argentina, que atravessam o corredor turístico e depois passam por avenidas importantes da área central para chegar à BR-277.
Com a construção da Ponte da Integração, além de atender o tráfego de veículos pesados que vão e vêm da Argentina, será possível retirar esses veículos de todo o trecho urbano da BR-277.
A Ponte da Amizade ficará exclusiva para o tráfego de veículos menores, o que inclui carros, motos, ônibus e caminhões leves que fazem o transporte de mercadorias entre Foz e Ciudad del Este.
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