Categoria afirma que medidas do governo provocam desemprego de professores e funcionários de escolas. Movimento também será em solidariedade aos 47 educadores que iniciaram greve de fome.
Professores e funcionários da rede estadual de educação protestaram, no Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu (NRE), nesta quinta-feira, 19. Foi a quarta mobilização, em três semanas, na frente do órgão que representa localmente a Secretaria de Estado da Educação.
Os educadores decidiram iniciar vigília nesta sexta-feira, 20, a partir das 8h30, na Praça da Paz. A principal reivindicação é a manutenção de empregos dos profissionais da educação pública, mas o movimento também será em solidariedade aos 47 colegas que iniciaram greve de fome em Curitiba (PR).
Por não obter a resposta do governo sobre a pauta, que havia sido prometida para o final de quarta-feira, 19, a categoria ocupou a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e a liberou nesta manhã. Frente à intransigência da gestão estadual, educadores deflagraram greve de fome.
“Nossa pauta é por emprego”, enfatiza o presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez. “A prova para contratar servidores temporários, os PSSs, causará demissão em massa. São apenas quatro mil vagas para cerca de 25 mil professores. Por isso precisamos revogar o edital aberto”, completa.
“Iniciado o ano, o corte será em aulas para educadores concursados, com a redução do ensino noturno, devido à militarização de escolas, e a manutenção do ensino remoto”, avalia Diego. “E a terceirização de agentes educacionais será desenfreada. Lucro para empresas com demissões de secretárias, merendeiras, entre outros trabalhadores”, denuncia.
Segundo Diego, a categoria mantém instalada a assembleia estadual on-line, em estado de greve. “A posição que estamos debatendo com nossa base é a necessidade de retomarmos essa plenária e discutirmos outras formas de mobilização, que incluem a paralisação por tempo indeterminado”, aponta.
A professora Joyce Hickmann está apreensiva com as restrições impostas pelo edital para contratação por Processo Seletivo Simplificado (PSS). “Precisamos romper com esse modelo educacional nos mobilizando e indo para rua. Não temos mais nada a perder e ainda podemos perder nosso emprego”, assevera.
A pauta dos educadores abrange:
– revogação do Edital 47/2020 (PSS);
– pagamento, aos funcionários de escolas, da diferença entre os salários mínimo regional e mínimo nacional.
– pagamento de progressões e promoções;
– pagamento do reajuste salarial;
– revogação da militarização de escolas;
– concurso público;
– contra a terceirização de funcionários(as) de escola; e
– prorrogação dos atuais contratos PSS.
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