Proposta de Emenda à Constituição do estado prevê oferta obrigatória a partir do 6º ano.
A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou em primeira discussão, durante a sessão ordinária de terça-feira (5), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2021, que torna o ensino da língua espanhola uma “disciplina de oferta obrigatória na matriz curricular do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio” na rede pública estadual.
A matéria, que deve avançar sem dificuldades para a sanção do governador, prevê “implementação gradativa até o ano de 2026 e carga horária mínima de duas horas/aula semanais, constituindo-se em disciplina de caráter optativo [que pode ser escolhida além das aulas básicas] aos estudantes”, em horários e locais que serão “definidos pelos sistemas de ensino”.
Entre as justificativas citadas pelos deputados, o fato de o idioma ser falado por quase 600 milhões de pessoas ao redor do mundo, tendo status de oficial nos dois países que fazem fronteira com o estado.
Nos colégios estaduais de Foz do Iguaçu, o espanhol já é a opção mais procurada pelos alunos do Ensino Médio, pois – além da proximidade geográfica e cultural com o Paraguai e a Argentina – é o idioma mais falado pelos turistas estrangeiros que visitam a Terra das Cataratas, o que pode abrir portas no mercado de trabalho.
No Ensino Superior, a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), com sede na cidade, tem cursos bilíngues (português/espanhol). A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) oferta licenciatura em Letras com habilitação em espanhol.
Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) apontam que, desde 2010, o idioma é o mais escolhido pelos estudantes paranaenses na prova de Língua Estrangeira do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), cuja nota dá acesso a universidades públicas em todo o Brasil.
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