Afirmação é do chefe da Casa Civil, Guto Silva; cobrança das tarifas ficará suspensa até novas empresas assumirem as praças pedagiadas.
Ao vencer os contratos de concessão, no próximo dia 28 de novembro, as empresas que exploram o pedágio não permanecerão nem “mais um minuto” nas estradas do Paraná, e as cancelas das praças serão abertas, sem cobrança de tarifa. A afirmação é do secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva, em entrevista no programa Contraponto, da Rádio Cultura de Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, 8.
Segundo ele, essa é uma determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). Após a extinção das concessões atuais, para dar conta dos serviços que são ofertados ao usuário e continuar a manutenção das vias, o secretário disse que estão em andamento licitações para contratação de empresas para um período que poderá ser de até um ano.
“Após o dia 28 de novembro, as empresas de pedágio não ficam um minuto no Paraná. Poderia ser legal renovar para elas fazerem, mas é imoral”, declarou. “Como fica a cancela após esse período? É cancela aberta, e ficarão assim até que a nova empresa [que vencer a licitação do pedágio] possa assumir”, declarou Guto Silva.
De acordo com o secretário, o prazo de até um ano de cancelas abertas, serviços e manutenção a serem mantidos pelo governo tem por base a recente licitação para os aeroportos. “As empresas que venceram estão esperando em média dez meses para que possam assumir as atividades”, relatou.
“Estamos preparando licitação para esses serviços de guincho, ambulância e manutenção das rodovias”, reportou. “Essa conta passa de meio bilhão para o estado manter durante um ano. Estruturamos projetos e estamos conversando com o governo federal”, contou Guto Silva à Rádio Cultura.
O chefe da Casa Civil do Governo do Paraná voltou a garantir que o valor dos pedágios vai baixar e que serão asseguradas obras nas rodovias, além de a nova concessão ter “transparência e concorrência pública”. Ele mencionou que no trecho da BR-277 entre Foz do Iguaçu e Cascavel, o custo deverá cair de 50% a 55% em relação ao de hoje.
Embora o governo sustente que os valores dos pedágios serão reduzidos e os investimentos, assegurados, o modelo da nova concessão não é unanimidade. O prazo de 30 anos da concessão para as novas empresas que irão explorar as rodovias é um dos questionamentos. O valor a ser repassado para o poder público é apontado, ainda, como fator que pode restringir a diminuição do custo das tarifas aos motoristas.
Comentários estão fechados.