Cervejeiro de Foz do Iguaçu compete em concurso nacional

Ele concorre com uma lager de aroma defumado, com maltes alemão e holandês, que ganhou ouro em sua categoria na etapa do Paraná.

Ele concorre com uma lager de aroma defumado, com maltes alemão e holandês, que ganhou ouro em sua categoria na etapa do Paraná.

O empresário de Foz do Iguaçu Plati Pedraja disputa a 1ª Copa Brasil de cerveja artesanal feita em casa, que acontece neste fim de semana em Brasília (DF). O evento é realizado pela Federação Brasileira das Acervas (Acerva Brasil), reunindo os classificados nas edições realizadas pelas seções estaduais da entidade.

Na disputa nacional, o cervejeiro iguaçuense compete com uma Rauchbier, cerveja lager feita com maltes alemão e holandês, caracterizada pelo gosto de aroma defumado que vem da defumação do malte com madeira de haya. Ela tem um dulçor equilibrado com o lúpulo e notas maltadas e de chocolate, que agregam complexidade ao paladar, explica.

A cerveja ganhou o primeiro lugar em sua categoria no X Concurso Paranaense de Cervejas Feitas em Casa, o qual contou com 140 produções de todo o estado, em outubro deste ano, o que a habilitou à seleção entre receitas de todo o país. Além de Plati Pedraja, mais oito cervejeiros do Paraná estão na disputa da Copa Brasil.

A Rauchbier elaborada pelo cervejeiro artesanal iguaçuense – Foto: Divulgação

A receita iguaçuense de Rauchbier também é premiada em concurso nacional no Paraguai com o Best of Show. No concurso da Acerva Paraná, além do ouro na categoria, conquistou o segundo lugar geral; e faturou um ouro, na categoria, no Boot Boller de Cianorte (PR).

“Participar de um concurso encoraja outros cervejeiros caseiros a enviar suas receitas”, revela Plati. “E ter um feedback verdadeiro, feito por profissionais às cegas, te torna melhor cervejeiro. Muitas vezes as avaliações são duras, quando o júri acha uma mínima falha, mas isso faz parte da crítica”, completa.

O empresário emergia na cultura da produção de cerveja em 2008, fez uma breve pausa e retomou em 2017. Desafiou-se a participar de concursos incentivado por amigos. Profissionalmente, Iguaçu Plati Pedraja tem uma hamburgeria na entrada do Boicy, em que produz tudo de forma artesanal, “desde o pão à carne, e todos os molhos”, expõe.

Em relação a expectativas de premiação na Copa Brasil, diz ser difícil arriscar um resultado. “Quem ganhou ouro e está no concurso fez uma cerveja de altíssimo nível. Óbvio que estou na torcida para ganhar qualquer coisa mais; é o campeonato mais difícil que já participei”, frisa.

Avaliadores do X Concurso Paranaense de Cervejas Feitas em Casa, em Curitiba – Foto: Acerva Paraná

Cenário cervejeiro em Foz

O cervejeiro conta que participa em Foz do Iguaçu de uma confraria, com reuniões mensais para trocar conhecimento e, claro, beber as cervejas feitas pelos integrantes. “Geralmente fechamos em 25 amostras e escolhemos as três melhores, sem seguir muitos critérios técnicos, mais pelo gosto pessoal, algo descontraído”, revela Plati Pedraja.

E há ainda um grupo de cervejeiros para o estudo, que reúne entusiastas e profissionais da área de cerveja. Segundo o empresário, está sendo feito um esforço para a criação de uma associação para dar maior organicidade, principalmente na realização de cursos.

O cervejeiro cita que uma das maiores dificuldades para quem está iniciando são os insumos. “Essa parte não só vai ter suporte da associação como também na brewshop que temos na cidade, localizada na Vila Yolanda, a Bru Shop”, detalha.

Ele destaca a importância dessa organização, lembrando que as grandes cervejarias hoje na cidade, na sua maioria, nasceram de cervejeiros caseiro. “Hoje Foz conta com as cervejarias 277, Maltezo, Kiun e Woman, que são membros ativos nas nossas confraternizações”, ressalta.

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