H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta
Agora é oficial. Os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, o Marito, definiram que as fronteiras entre os dois países serão abertas, de forma “gradual e ordenada”, antes do dia 15 de outubro.
Além de Ciudad del Este e Foz do Iguaçu, o Paraguai incluiu na negociação também as fronteiras entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, e entre Salto del Guairá e Mundo Novo.
O dia exato não foi fixado porque ambas as partes precisam adotar as medidas necessárias, para que “exista plena segurança em matéria de controle sanitário, migratório e cidadão”, como informa a presidência do Paraguai.
O presidente Abdo Benítez disse a Bolsonaro que o lado paraguaio está todo preparado para proceder à reabertura.
Os dois presidentes acertaram que haverá um encontro presencial para marcar o momento em que as fronteiras voltarão a ser liberadas, muito provavelmente na Ponte da Amizade.
Por seu lado, segundo a informação da presidência paraguaia, o presidente Bolsonaro manifestou que está à espera dos informes das instituições técnicas competentes para concretizar a habilitação das fronteiras.
Do lado brasileiro, não houve nenhuma manifestação oficial, mas o presidente Bolsonaro, na “live” de quinta-feira, 2, já havia informado que deveria ter uma conversa nesta sexta com seu par paraguaio.
A agência de notícias IP, do governo paraguaio, lembra que o plano elaborado pelo governo do país compreende uma abertura total da Ponte da Amizade por um período de teste de três semanas, somente para atividades comerciais.
No caso de Ciudad del Este, será habilitado um cordão sanitário desde a cabeceira da ponte até o km 30, em Minga Guazú, e até as cidades de Hernandarias e Presidente Franco.
A princípio, a abertura seria no horário de 5 às 14h (horário paraguaio) para entrar em Ciudad del Este e até 18h para os brasileiros deixarem o Paraguai.
Providências
Depois do telefonema dos presidentes, o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Neto, disse que tomaria providências para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde façam os estudos necessários para a reabertura.
Disse, também, que organizará reuniões com demais órgãos envolvidos, inclusive para avaliar a necessidade de rever a portaria que ampliou por mais 30 dias o fechamento das fronteiras do Brasil.
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