Caso Marcelo Arruda: audiência termina sem declaração do policial penal Jorge Guaranho

Justiça atendeu ao pedido da defesa e vai aguardar conclusão de um laudo para colher depoimento do réu, que será no dia 28

Justiça atendeu ao pedido da defesa e vai aguardar conclusão de um laudo para colher depoimento do réu, que será no dia 28

A audiência de instrução do caso Marcelo Arruda terminou, no final da tarde dessa quinta-feira (15), sem o interrogatório do policial penal Jorge Guaranho e a decisão se haverá ou não júri popular. O juiz Gustavo Arguelo, da 3.ª Vara Criminal, atendeu ao pedido da defesa e vai aguardar um laudo para depois ouvir Guaranho. O depoimento dele está marcado para dia 28 deste mês.

Em dois dias de audiência, foram ouvidas 12 pessoas, entre informantes e testemunhas. A principal testemunha de quinta foi a esposa de Guaranho, que estava com ele e o filho bebê no carro na primeira vez que o policial esteve na sede da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física da Itaipu (ARESF). Guaranho acompanhou a audiência nos dois dias, via teleconferência, e chorou durante depoimento da esposa.

Algumas testemunhas e informantes convocados foram dispensados. A audiência foi acompanhada pelos advogados de defesa de ambas as partes e pelos promotores do Ministério Público (MPPR) Marcelo Mafra e Tiago Lisboa.

Mafra disse que as declarações prestadas pelas testemunhas praticamente confirmam o que foi colhido na fase investigatória pela polícia. Apesar de ter sido convocado, Guaranho tem o direito de permanecer em silêncio, caso queira. Após ouvir Guaranho, a Justiça decidirá se vai haver ou não júri popular. O procedimento é previsto na lei.

Conforme um dos advogados de Guaranho, Cleverson Ortega, foi solicitada a mudança na data do interrogatório para esperar a conclusão de um laudo. Os advogados alegam que o policial penal perdeu a memória, por isso ele não pode ser interrogado antes da conclusão do laudo que mostrará a posição das pessoas que estavam no local do crime na noite do dia 9 de julho.

Relembre o caso

Guaranho é autor dos disparos que mataram o guarda municipal Marcelo Arruda na noite do dia 9 de julho. Arruda completava 50 anos e comemorava com a família e amigos o aniversário que era temático em alusão ao PT e ao ex-presidente Lula.

Naquela noite, o policial penal estava em um churrasco com amigos em um local próximo da ARESF e teve acesso às imagens do clube onde a festa ocorria. Como costumava fazer rondas no clube, ele entrou de carro tocando música em alusão ao presidente Jair Bolsonaro. Guaranho se desentendeu com Arruda, saiu do clube, deixou a esposa em casa, retornou com arma em punho e atirou no guarda municipal.

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