Moradores do Jardim Ipê enfrentam “apagões” e temem queima de equipamentos

Instabilidade da rede elétrica tem acontecido com frequência. Saiba como proteger-se ou ser ressarcido.

Como se já não bastassem as quedas de energia elétrica que ocorrem durante os muitos temporais que vêm atingindo Foz do Iguaçu, os moradores do Jardim Ipê e de outros bairros da Região Norte do município – como Vila C e Porto Belo – também vêm sofrendo com os “apagões” nos dias mais quentes. Os picos de energia têm sido comuns, causando transtornos e até prejuízos financeiros.

Os habitantes daquelas áreas relatam que muitas vezes as quedas ocorrem de maneira seguida em intervalos de poucos minutos ou até mesmo segundos. Como durante essas descargas elétricas há uma oscilação brusca na frequência, equipamentos eletrônicos podem sofrer as consequências e até mesmo queimar.

A consultora comercial Aline Araujo, moradora da Rua Mirandópolis, vivenciou essa situação ao ter sua adega danificada após uma oscilação na rede elétrica. “O equipamento já era usado, mas o problema pode ter acontecido por causa disso. Consertamos e funcionou por um tempo, mas logo parou novamente. Está sem uso em casa”, informa. “Na semana passada, trocamos os spots de lâmpada no gesso, e um deles já queimou”, complementa.

Já a arquiteta Maria Eduarda Michelon de Souza, moradora da Avenida Andradina, conta que as quedas de energia têm ocorrido em dias de céu limpo, chegando a acontecer até cinco vezes seguidas. “Meu marido e eu trabalhamos em home office e possuímos computadores de alto valor em casa. Com essas interrupções de energia, há o risco de danificar nossas máquinas, além do transtorno e atraso nos nossos prazos”, explica.

O problema também pode virar pauta na Câmara Municipal. O vereador Ney Patrício (PSD) está propondo convidar a diretoria da Copel a prestar esclarecimentos e fornecer informações aos legisladores que cobram soluções. O documento será submetido ao plenário e, se aprovado, encaminhado à presidência da Casa.

Questionada pelo H2FOZ sobre a situação, a Copel, por meio de sua assessoria de imprensa, informou ao portal que irá fazer uma análise da rede na região para identificar a causa do desligamento e verificar a necessidade de manutenção no local.

Prevenção e ressarcimento

Enquanto os problemas não são solucionados, os moradores têm duas alternativas: a prevenção e o ressarcimento de equipamentos queimados.

O empresário e engenheiro eletricista Roni Temp esclarece que a variação na rede de distribuição de energia é difícil de antecipar, porém alguns dispositivos são eficazes na prevenção de danos aos equipamentos. “Os filtros de linha são capazes de identificar e neutralizar esses picos. No caso de computadores, é recomendável utilizar estabilizadores de energia e nobreaks. O complicado é ter estabilizadores para aparelhos de ar condicionado, televisores e tantos outros dispositivos eletrônicos. Na ausência desses dispositivos, ao perceber oscilações na rede, o ideal é desligá-los”, frisa.

Já em caso de aparelhos queimados em função de problemas na rede, o consumidor tem o direito de solicitar o ressarcimento dos danos à Copel. Para isso, o consumidor deve acessar o site da empresa (https://www.copel.com/site/copel-distribuicao/ressarcimento-de-danos/) e fazer o pedido, inserindo as informações requisitadas.

A Copel analisa cada solicitação e acata os pedidos de ressarcimento que comprovadamente sejam causados por perturbação no sistema elétrico ou falhas nos serviços prestados, com base em fatos, documentos e regulamentação vigente.

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3 Comentários
  1. Ambrósio Diz

    Privatiza que melhora dizem eles!

  2. Henriette Diz

    Moro a três anos na rua Cambuquira tem picos de luz quase toda semana. Já queimou máquina de lavar, freezer e geladeira. A desculpa é que o equipamento é antigo. Uma vergonha essa Copel.

  3. Elton Diz

    Realmente as quedas são constantes, deveria ser feita uma análise para sanar o problema

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