Adilson Borges Lago (*)
Publicado em www.guata.com.br
Foi em um sábado do 31 de janeiro de 1542, que o conquistador espanhol Álvar Núñez Cabeza de Vaca, registrou sua passagem pelas Cataratas do Iguaçu, tornando-se o primeiro homem branco a conhecer o local, já que a região era habitada por indígenas da etnia Guarani.
Ainda jovem participou da fracassada expedição de Pánfilo de Narváez à Flórida (1527-1535), que percorreu a costa sul americana, desde a baía de Tampa, na Flórida, até o rio Bravo. Com a morte de Narváez, a expedição atravessou o Texas e entrou no atual território mexicano, alcançando à Cidade do México, antes que ele voltasse à Espanha.
Assinou em 1540, um contrato real em que o imperador Carlos V lhe confiava a chefia da expedição à pouco conhecida região do Rio da Prata e lhe concedia 10% por cento de tudo que ali encontrasse.
A expedição partiu de Cádiz no mesmo ano e no outro seguinte os espanhóis desembarcaram na ilha de Santa Catarina, no Brasil, com 250 homens e 26 cavalos, com intuito de alcançar a cidade de Assunção, utilizando o Caminho de Peabiru, onde descobriu as grandes cataratas do Iguaçu.
Instalou-se na cidade, reorganizou o governo e promoveu uma expedição à serra da Prata, na região de Potosí, na Bolívia. Com o fracasso da iniciativa, voltou para Assunção, onde teve que combater um motim (1544) contra sua política de defesa dos índios
Álvar Núñez Cabeza de Vaca nasceu em Jerez de La Frontera, na Espanha, em 1490, e morreu também na Espanha, em 1560, depois de uma vida de aventuras tornou-se monge na cidade de Sevilha. Em 1555, publicou o livro “Naufrágios e Comentários” relatando suas aventuras.
Adilson Borges Lago é jornalista em Foz do Iguaçu.
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