54 anos da Ponte da Amizade, marco da integração entre brasileiros e paraguaios

A palavra amizade vai no nome, mas nem precisava. Intenso e diário, o vaivém de pessoas confirma relação entre povos irmãos.

H2FOZ – Paulo Bogler

A palavra amizade vai no nome, mas nem precisava. Intenso e diário, o vaivém de pessoas deixa claro que sobre o imenso vão livre está concretada uma sólida relação entre povos irmãos, brasileiros e paraguaios, para muito além de protocolos de governos ou termos diplomáticos usuais.

Democrática, a Ponte Internacional da Amizade dá passagem ao vendedor de chipa que cruza a fronteira em busca dos paladares que apreciam os sabores da fronteira. Rumo a grandes mercados, passam caminhões com granéis em verdadeiros formigueiros metálicos movidos a diesel.

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54 anos da Ponte da Amizade

HOMENAGEM A palavra amizade vai no nome, mas nem precisava. Intenso e diário, o vaivém de pessoas na Ponte Internacional da Amizade confirma a integração entre povos irmãos, brasileiros e paraguaios. Leia o texto: https://goo.gl/DMXBGT #PlanetaFoz #História

Posted by H2FOZ on Wednesday, March 27, 2019

Pela ponte passam jovens com olhos no futuro, em busca de formação e um diploma de ensino superior; passam compristas com olhos nas tecnologias do futuro.  Trabalhadores que não tiveram melhor sorte em seus países cruzam a ponte para a labuta diária; o desejo furtivo do Eldorado, de uma vida farta e sem carências, atravessa o concreto em bolsas multicoloridas.

O idioma próprio da fronteira transita fugaz, sem respeitar limites e aduanas. A fala mesclada da gente brasileira e paraguaia começa com o português e termina no castelhano, ou vice-versa, com muitas doses de guarani, o idioma falado na região até antes da necessidade de pontes.

A Ponte Internacional da Amizade completa 54 anos nesta quarta-feira, 27 de março. Ligação entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, a via foi construída sobre o Rio Paraná pelos governos do Brasil e Paraguai, a partir de tratado firmado no ano de 1956.

Conforme o livro “Foz do Iguaçu: Retratos”, editado em 1997, registros históricos e de moradores indicam que uma cheia em 1905 fez o Paranazão subir 30 metros, a maior alta do leito já identificada. Por isso, os técnicos decidiram construir uma ponte bem acima da linha das águas.

“Desse dado resultou que a ponte devia ter 77 metros de altura a partir do fundo do rio e 32 metros acima do nível de água quando das maiores cheias. Para isso foi projetada uma ponte com 553 metros de comprimento, sustentada sobre arco com vão livre de 290 metros”, diz a publicação assinada por Silvio Campana e Chico de Alencar.

Quando foi inaugurada, passavam pela via algumas dezenas de carros. Hoje a Ponte da Amizade recebe cerca de 20 mil pessoas a pé e 40 mil veículos todos os dias. É ligação fundamental para o desenvolvimento econômico da região e dos países que integram o Mercosul.

Turistas, alimentos, produtos importados, povos e culturas. Tudo passa pela Ponte da Amizade neste mais de meio século de história.

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