YPF restringe venda de diesel a veículos estrangeiros na Argentina

Caminhões com placa brasileira ou paraguaia, por exemplo, poderão abastecer apenas com o diesel Infinia, a P$ 240 (R$ 7,20) o litro.

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Caminhões com placa brasileira ou paraguaia, por exemplo, poderão abastecer apenas com o diesel Infinia, a P$ 240 (R$ 7,20) o litro.

Para tentar paliar a escassez e diminuir a “fuga” de óleo diesel em direção aos países vizinhos, a YPF, principal petroleira da Argentina, oficializou a orientação já dada aos proprietários de postos das cidades de fronteira, de que veículos com placa estrangeira tenham acesso apenas ao diesel Infinia, a no mínimo P$ 240 (R$ 7,20) o litro.

A medida vem sendo implantada desde quarta-feira (8) nas províncias de Mendoza, Corrientes e Misiones, as duas últimas limítrofes ao Brasil e ao Paraguai. Em Puerto Iguazú (Misiones), a restrição quanto ao tipo de combustível ou a imposição de valores mais altos é prática comum tanto nos postos YPF quanto nos estabelecimentos de outras bandeiras.

A intenção da YPF é reservar os demais tipos de diesel para o mercado interno, que vem sofrendo com a falta do produto. Conforme noticiado pelo H2FOZ, em cidades como Posadas, capital de Misiones, até mesmo a distribuição de gás de cozinha vem sendo prejudicada pela escassez para movimentar as frotas de caminhões.

“Essa medida busca limitar a demanda estranhamente alta associada com o consumo fronteiriço e logístico, com o registro de crescimento superior a 30% em alguns pontos do país”, esclarece a companhia, em comunicado citado pelo jornal Primera Edición. A decisão foi criticada pelo governador de Misiones, Oscar Herrera Ahuad, que apontou que o problema é histórico e só será resolvido com a ampliação da oferta.

Levantamento recente organizado pela Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte Rodoviário de Cargas (Fadeeac) aponta que ao menos 19 províncias apresentam problemas de abastecimento, entre elas todas da porção norte do território argentino.

Mapa da escassez de diesel na Argentina. Imagem: Fadeeac
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