O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, esteve no Paraguai, nessa quinta-feira (9), para cumprir agenda de conversações bilaterais com o colega paraguaio, Julio César Arriola, e enviar as saudações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao mandatário paraguaio, Mario Abdo Benítez, cujo mandato termina em agosto.
“O presidente Lula me deu instruções para vir cumprimentar o presidente Abdo e transmitir o desejo de encontrá-lo em breve”, declarou Vieira ao sair da sede da presidência paraguaia. Tal encontro poderá ocorrer na fronteira entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, onde está em andamento a construção da Ponte Bioceânica.
Após a saudação protocolar, Vieira foi até o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai, onde prosseguiu com o restante da agenda. Ao término da conversa, os dois ministros dialogaram com a imprensa, com o paraguaio Julio César Arriola enfatizando questões relacionadas à usina de Itaipu.
“Com relação à Itaipu, celebramos o marco histórico alcançado dias atrás, com o pagamento integral da dívida de construção. Com isso, será inaugurada uma nova etapa na vida institucional da entidade, que nos permitirá avançar em direção a um maior aproveitamento da hidrelétrica para o desenvolvimento das nossas nações”, afirmou.
“Coincidimos na importância de definir, o mais rápido possível, as bases orçamentárias para este ano, com o objetivo de fixar a tarifa que será praticada pela entidade em 2023. Recordemos que esse processo ainda está no nível técnico da binacional”, pontuou Arriola, rebatendo as críticas internas quanto à indefinição da tarifa.
Em 2023, os governos de Brasil e Paraguai terão de rediscutir o Anexo C do Tratado de Itaipu, que dispõe sobre as bases financeiras para o funcionamento da binacional. A troca de governo no país vizinho, que terá eleições em abril, deverá postergar os debates principais para o segundo semestre do ano.
Integração
Já Mauro Vieira destacou “a integração física como pilar da agenda bilateral, porque beneficia as populações de Paraguai e Brasil, em particular as fronteiriças, para facilitar o trânsito de pessoas, oferecendo-lhes acesso a um serviço público de qualidade, aprofundando a integração econômica e cultural”.
“Sublinhamos, também, o dinamismo do intercâmbio comercial entre nossos países, que, em 2022, superou o volume recorde de 2021, ultrapassando US$ 7 bilhões [R$ 35,5 bilhões], aumento de quase 10%. Tomamos nota, com satisfação, de que o Brasil se tornou o principal investidor no Paraguai entre os países do mundo”, celebrou.
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