Eleições no Paraguai: em vídeo, Paraguayo Cubas pede fim de protesto

Preso após contestar o resultado do pleito, presidenciável gravou vídeo cuja autenticidade chegou a ser questionada pelos apoiadores.

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Preso desde o último dia 5, sob acusação de perturbação da ordem pública e incentivo a atos contra o estado de direito, o advogado Paraguayo Cubas, candidato à presidência do Paraguai pelo Partido Cruzada Nacional (PCN), pediu aos apoiadores que encerrem as manifestações em frente à sede do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE).

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Terceiro colocado na votação de 30 de abril, com 22,9% da preferência do eleitorado, Cubas contestou o resultado do pleito, vencido pelo economista Santiago Peña, do Partido Colorado. O candidato do PCN entende que seu partido teria tido mais votos do que os oficialmente computados pelo TSJE, configurando suposta fraude.

No vídeo, gravado com autorização do comandante da Polícia Nacional do Paraguai, Gilberto Fleitas, e difundido nas redes sociais, Paraguayo Cubas agradeceu aos seguidores pelo apoio e solicitou que finalizem o protesto na Avenida Eusebio Ayala, em Assunção, para evitar situações como a desobstrução da via à força.

“Peço-lhes que deponham essa atitude, porque sem dúvida alguma os feridos vão ser mais do lado de vocês do que da outra”, disse. A autenticidade do vídeo chegou a ser questionada por integrantes do PCN, que argumentaram que o conteúdo teria sido produzido com inteligência artificial ou que Cubas teria sido obrigado a gravá-lo.

Em entrevista à rádio Monumental AM, o comandante Gilberto Fleitas afirmou que a iniciativa de fazer o vídeo partiu do próprio ex-presidenciável. “É um vídeo real, um áudio real do senhor Paraguayo Cubas. Ele pediu para gravar uma mensagem e eu autorizei. Nós fornecemos o celular para que ele gravasse”, explicou.

A desocupação da Avenida Eusebio Ayala foi concluída na madrugada desta quarta-feira (17). De acordo com o jornal Última Hora, cerca de 20 pessoas, em sua maioria indígenas, foram detidas por resistência. Os integrantes dos grupos nativos também reivindicam pautas próprias, relacionadas ao atendimento de suas comunidades.

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