Viralizou nas redes sociais, nessa terça-feira (31), um vídeo que mostra militares da Marinha do Paraguai (Armada Paraguaya) agredindo e rendendo um homem de 59 anos, em incidente registrado na aduana da Ponte Internacional da Amizade, em Ciudad del Este. O caso gerou a revolta dos moradores da capital do Alto Paraná.
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De acordo com o jornal La Clave, um cidadão paraguaio, identificado como Marcelino Aranda Chamorro, retornava de Foz do Iguaçu com seu veículo quando recebeu ordem de parada dada por militares e aduaneiros. O objetivo era verificar o conteúdo do bagageiro do automóvel.
Segundo a versão inicialmente divulgada pelos militares, Aranda teria desacatado os servidores públicos e resistido à abordagem, motivo pelo qual foi feito o uso da força. O civil, por sua vez, negou que tenha esboçado qualquer tipo de reação.
“Mentira que eu reagi, jamais faria isso. Os militares ficaram muito irritados, eram dois. Eu agi corretamente, o aduaneiro me recebeu e pediu para abrir o porta-malas, soltei o cinto de segurança, peguei a alavanca para abrir, e eles me encurralaram. Eu não trazia absolutamente nada no meu veículo”, afirmou Aranda, citado pelo La Clave.
Após a difusão do vídeo, a Marinha do Paraguai emitiu nota na qual comunicou que o suboficial Rogelio Daniel Franco Iglesias, identificado como o militar que aparece dando um soco no abordado, foi afastado das funções de apoio à fiscalização e será submetido a um procedimento interno disciplinar.
“Reiteramos à população que a Marinha do Paraguai não tolerará nenhuma forma de ação com o uso da força do pessoal militar e rechaça energicamente todo tipo de comportamento que não esteja adequado aos princípios institucionais”, diz o texto assinado pelo diretor de Comunicação Social da corporação, capitão Ariel Benítez Liseras.
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