A cheia nos rios da fronteira alcançou, na manhã desta segunda-feira (30), o pico da vazão no Rio Iguaçu, com 24.200 metros cúbicos por segundo (m³/s) nas Cataratas do Iguaçu, mais de 16 vezes acima do normal. No Rio Paraná, a usina de Itaipu está retendo água no reservatório, para adiar o máximo possível a abertura do vertedouro.
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A situação está sendo monitorada pela Comissão Especial de Cheias (CEC), composta por representantes brasileiros e paraguaios. Nesta segunda, a lâmina d’água do lago de Itaipu estava em 218,99 metros acima do nível do mar, ainda abaixo da marca de 220 metros, parâmetro para que as comportas sejam acionadas.
A abertura do vertedouro, que deverá ocorrer entre quarta (1.º) e quinta-feira (2), está sendo programada por Itaipu para ter mínimo impacto no Rio Paraná no trecho abaixo da usina.
Atualização: às 8h desta terça (31), a vazão do Rio Iguaçu já havia recuado de 24.200m³/s para 18.400m³/s, com tendência de baixa.
“Para mitigar os efeitos da elevação do Rio Iguaçu, Itaipu vem fazendo o possível para reter a maior quantidade de água que chega ao seu reservatório”, informa a diretoria brasileira, em texto enviado à imprensa. “Por isso, acompanha e aguarda o recuo do pico da cheia do Rio Iguaçu para verter, o que pode acontecer a partir desta quarta-feira.”
Nas proximidades da Ponte da Amizade, o Paranazão estava na cota de 118,75 metros às 14h desta segunda, o que indica inundações em pontos como a passarela de pedestres, a rua de concreto e o Club Lenteros Unidos, no bairro San Rafael, em Ciudad del Este; no porto de areia do Rio Iguaçu; e na parte baixa do Cataratas Iate Clube, em Foz do Iguaçu.
Enquanto durar a cheia, os integrantes da CEC pedem que os moradores das áreas afetadas não retornem às suas residências. De momento, cerca de 120 famílias foram retiradas de locais de risco na margem paraguaia do Rio Paraná. No lado brasileiro, uma família, que vive ao lado do antigo Espaço das Américas, também foi realocada.
Itaipu emite boletins hidrológicos diários, que são repassados aos órgãos de Defesa Civil do Brasil e do Paraguai e podem ser consultados clicando aqui. “A Comissão de Cheias vai continuar acompanhando e repassando novas informações para que a sociedade seja conscientizada sobre as ações a serem adotadas”, complementa o material.
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