Vazão das Cataratas do Iguaçu nesta quinta: 11 vezes acima do normal

Visitação está suspensa do lado argentino; na margem brasileira, apenas a passarela da Garganta do Diabo não está aberta ao público.

A manhã desta quinta-feira (13) começou com vazão 11 vezes acima do normal nas Cataratas do Iguaçu, amplificando o espetáculo das águas. O pico foi atingido entre as 6h e as 7h, com 16.500 metros cúbicos por segundo (m³/s). Às 9h, horário de abertura do Parque Nacional do Iguaçu, o volume era de 16.400m³/s.

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Vazão de água nas Cataratas do Iguaçu na manhã desta quinta-feira (13). Gráfico: Copel

No lado argentino, onde as passarelas ficam mais expostas às cheias do Rio Iguaçu, a visitação foi suspensa até que as águas voltem a baixar. A decisão da direção do Parque Nacional Iguazú foi anunciada no final do expediente de quarta-feira (12), tendo validade a partir desta quinta.

Comunicado emitido pela direção do Parque Nacional Iguazú

“Devido ao aumento no volume de água do Rio Iguaçu, a área das Cataratas permanecerá fechada de forma preventiva”, informa o comunicado publicado na página oficial da unidade. “Essa medida busca resguardar a segurança dos visitantes e trabalhadores do parque. Esperamos poder recebê-los novamente em breve.”

Na margem brasileira, apenas a passarela da Garganta do Diabo, localizada no final da trilha, não está aberta ao público. Todos os demais pontos e mirantes estão disponíveis para os visitantes, que podem apreciar a maior vazão dos últimos meses na paisagem fronteiriça. O site para a compra de ingressos é o www.cataratasdoiguacu.com.br.

Acesso à Garganta do Diabo foi suspenso, mas todos os demais pontos estão abertos no lado brasileiro. Imagem: Edi Emerson/Foto Equipe Cataratas
Vazão de 16.400m³/s equivale a 11 vezes o volume normal das Cataratas. Imagem: Edi Emerson/Foto Equipe Cataratas
Saltos da margem argentina do Rio Iguaçu, vistos do lado brasileiro. Imagem: Edi Emerson/Foto Equipe Cataratas

Outro ponto para observar a cheia é o Marco das Três Fronteiras, onde as águas barrentas do Iguaçu “empurram” o Rio Paraná em direção à margem paraguaia, formando um claro contraste. Embora não com tanta intensidade, o “Paranazão” também subiu nos últimos dias, trazendo alívio para os exportadores que dependem da hidrovia.

Águas abaixo da usina de Itaipu, o Rio Paraná, cuja régua estava em 11,94 metros na última segunda-feira (10), subiu para 13,8 metros na terça (11) e 24,2 metros na quarta (12). A medição é feita pela Direção de Meteorologia e Hidrologia (DMH) do Paraguai, cujo posto de controle fica nas proximidades da Ponte da Amizade.

Altura do Rio Paraná, medida na margem paraguaia, próximo à Ponte da Amizade. Gráfico: DMH/Paraguay

Cidades localizadas na Bacia Hidrográfica do Rio Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, registraram estragos em razão do volume de chuvas acima da média para o período. Em Pato Branco, duas crianças estão desaparecidas. Em Francisco Beltrão, uma casa foi arrastada pela correnteza do Rio Marrecas, que subiu mais de 6,5 metros na terça-feira (11).

A previsão para os próximos dias, conforme noticiado pelo H2FOZ, é de continuidade do tempo chuvoso, mas sem o mesmo volume do início da semana. O único dia sem projeção de chuva para Foz do Iguaçu, segundo o Simepar, é a terça-feira (18).

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2 Comentários
  1. Enchente arrasta partes de passarela argentina nas Cataratas do Iguaçu – veja as fotos – H2FOZ

    […] Nas imagens, porém, é possível observar que parte da estrutura da passarela, conectada a pilares de concreto com cabos de aço, parece ter sido deslocada pela correnteza, que chegou a 16,5 mil metros cúbicos por segundo (m³/s) na quinta-feira (13), dia em que a vazão foi …. […]

  2. Devido à cheia, Argentina evacua áreas às margens do Rio Iguaçu

    […] Já naquele instante, quando a vazão do Iguaçu estava oito vezes acima do normal, a altura do rio e a velocidade da correnteza impressionavam as pessoas presentes. Durante a noite e a madrugada, o volume continuou subindo, chegando ao pico de 16.500 metros cúbicos por segundo (11 vezes maior que o padrão) às 6h desta q…. […]

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