Vacina testada no Paraguai apresenta bons resultados contra a covid

Resultados do estudo de Fase 3 foram divulgados nessa sexta-feira (19), durante evento em Ciudad del Este.

Conclusões do estudo de Fase 3 foram divulgadas, nessa sexta-feira (19), durante evento em Ciudad del Este.

O Paraguai é um dos países onde, desde fevereiro, está em testes a vacina MVC-Cov 1901, contra a covid-19, desenvolvida pelo laboratório Medigen MVC, de Taiwan. Os resultados do estudo de Fase 3 (em humanos) foram apresentados, nessa sexta-feira (19), durante evento no hospital da Fundação Tesãi na Área 2, em Ciudad del Este.

Coordenados pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nacional de Assunção, os trabalhos envolveram a aplicação de duas doses da MVC-Cov 1901 em metade de um grupo de 1.030 voluntários, maiores de 18 anos. A outra metade, classificada como grupo de controle, recebeu vacinas da AstraZeneca.

Os locais escolhidos para a pesquisa foram o Hospital de Clínicas de San Lorenzo, região metropolitana de Assunção, e o hospital da Fundação Tesãi, em Ciudad del Este. O acompanhamento envolveu coleta de dados como o nível de anticorpos gerados pelo novo imunizante, na comparação com o outro já utilizado mundialmente.

“Se tomarmos como base os anticorpos, foram gerados 2,6 vezes mais que a vacina da AstraZeneca, com 100% de resposta nas pessoas que participaram do estudo. A MVC é realmente eficaz nas pessoas já vacinadas contra a covid-19”, afirmou o pesquisador Julio Torales, em declaração reproduzida pelo jornal La Nación.

Além do laboratório Medigen, outro parceiro do projeto é o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. A previsão é que o imunizante possa ser disponibilizado no mercado no início de 2023, ampliando as opções para doses de reforço contra as variantes em circulação nas diferentes partes do mundo.

A escolha do Paraguai para os testes de Fase 3 deve-se ao fato de o país ser um dos poucos que mantêm relações diplomáticas oficiais com Taiwan, ilha cuja soberania é contestada pelo governo da China. Para ler a matéria do La Nación, em espanhol, clique aqui.

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