Trânsito flui melhor na fronteira, com trégua na operação padrão

Auditores da Receita Federal atenderam pedido dos sindicatos de caminhoneiros do Paraguai e do Brasil.

Auditores da Receita Federal atenderam pedido dos sindicatos de caminhoneiros do Paraguai e do Brasil.

A reunião na segunda-feira (24), em Foz do Iguaçu, deu resultado. Funcionários da Receita Federal e fiscais do Ministério da Agricultura decidiram dar uma trégua na operação padrão, que estava paralisando o tráfego de caminhões entre o Brasil e o Paraguai.

A reunião, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (Acifi), teve participação de representantes dos sindicatos de caminhoneiros e dos funcionários que participam da operação padrão, com mediação do deputado federal Vermelho, que se comprometeu a conseguir uma audiência com o presidente Jair Bolsonaro para expor a situação da fronteira.

“Nós pedimos para flexibilizarem a operação padrão, enquanto eles tentam falar com seu presidente e negociar suas reivindicações”, disse o presidente do Sindicato de Caminhoneiros do Paraguai, Ricardo Baumann, conforme notícia publicada no jornal La Clave.

“Explicamos que não somos contra o que eles reivindicam, ao contrário, sabemos que são o único grupo que não foi incluído nos incrementos salariais”, disse ainda Baumann.

O sindicalista contou que houve um acordo, e nos últimos dois dias o tráfego de caminhões ficou “muito mais fluido” entre o Brasil e o Paraguai, o que não acontecia desde o início da operação padrão, em dezembro do ano passado.

Baumann e seu colega Junior Betorello, do Sindicato de Caminhoneiros de Foz do Iguaçu, foram os principais porta-vozes da reunião, como informa La Clave.

Os dois detalharam no encontro que a situação dos motoristas que aguardam para atravessar a fronteira é desumana, já que não contam com condições mínimas de serviços de higiene, banho e restaurantes, além da falta de segurança, em qualquer horário.

RIGOR

A operação padrão, também chamada de operação tartaruga, consiste em fazer um controle rigoroso dos caminhões, nesse caso da fronteira, o que provocou filas imensas e longos dias de espera.

Em Ciudad del Este, o acúmulo de caminhões acabou afetando todo o trânsito. Para passar pela Ponte da Amizade, a demora podia chegar a três horas.

Com a liberação mais rápida dos caminhões, a tendência é de que o trânsito volte ao normal – caótico como sempre, em Ciudad del Este, mas com menos demora pra chegar à Ponte.

O protesto dos auditores da Receita Federal, que ganharam apoio de outros colegas do órgão, foi pela falta de acordo salarial e pelo corte no orçamento para este ano.

Já os funcionários do Ministério da Agricultura engrossaram o movimento porque reclamam que são poucos (apenas 10) para o trabalho de fiscalização na fronteira. O número deveria ser dobrado, segundo eles, principalmente porque há sempre alguém de férias ou mesmo de licença médica, devido ao coronavírus.

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