Eles não se contentaram com a redução de 500 guaranis no diesel.
Se você vai ao Paraguai de carro, conforme-se. O protesto dos profissionais do volante paraguaios, em especial dos caminhoneiros, mantém o “abre e fecha” do trânsito na Ponte da Amizade.
E tem mais: há informações de que está sendo procedido um trabalho de manutenção nas vias da ponte, no lado paraguaio, o que deve contribuir para aumentar ainda mais o tempo de travessia entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este.
Os caminhoneiros decidiram continuar com o fechamento de rodovias em todo o Paraguai, apesar do anúncio da estatal Petropar de redução de 500 guaranis (R$ 0,30) nos preços do diesel e da gasolina de 93 octanas, a partir desta quinta-feira, 17.
O desconto nos preço valerá por 30 dias, segundo o governo paraguaio, e favorece os trabalhadores do volante, já que o diesel e esse tipo de gasolina são os mais utilizados pelos profissionais.
FUNDO DE SUBSÍDIO
Paralelamente, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, já assinou um projeto de lei para criar fundos, por meio de empréstimos, que irão subsidiar os custos do diesel e dessa gasolina de 93 octanas. O projeto deve tramitar em regime de urgência.
Se o projeto for aprovado, o desconto também será de 500 guaranis, e não apenas para os combustíveis da Petropar, mas também das distribuidoras privadas.
PROTESTO CONTINUA
O anúncio do governo, no entanto, não desestimulou os protestos dos profissionais da boleia do Paraguai, que mantêm os bloqueios intermitentes de rodovias em todo o país, conforme noticia o jornal Última Hora.
Entre eles, nas rodovias PY02 e PY07, no departamento de Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este.
A Associação Associação de Drivers de Alto Paraná, que representa os motoristas de aplicativos, disse ao jornal ABC Color que as mobilizações não vão terminar enquanto a redução no preço não atingir vários tipos de combustíveis, para beneficiar toda a população.
E Roberto Almirón, representante dos caminhoneiros, que participa do bloqueio da PY02, na altura do km 30, em Minga Guazú, disse que a categoria não concorda com o subsídio ao combustível, por meio da criação de um fundo via empréstimos. Segundo ele, a medida vai endividar ainda mais o país e, além diso, quem vai pagar o empréstimo é o cidadão comum.
SEM ÔNIBUS
O fechamento contínuo de trechos de rodovias já levou à suspensão dos serviços de curta, média e longa distância do transporte coletivo, conforme decisão da Associação de Transportadores do Interior do Paraguai, que só irá retomar as viagens com a regularização do tráfego.
A Câmara Paraguaia de Industriais Lácteos e a Associação de Avicultores do Paraguai advertiram que poderá ocorrer um desabastecimento de leite e de frango por causa das medidas de força, segundo o jornal Última Hora.
O presidente da Federação de Caminhoneiros do Paraguai, Ángel Zaracho, manifestou-se dizendo que a categoria se mantém firme nas mobilizações, exigindo a regularização de preços dos combustíveis por parte do governo e a eliminação do imposto seletivo ao consumo.
Outro representante dos caminhoneiros, Diego Bogarín, exigiu que os preços do diesel baixem 2 mil guaranis (cerca de R$ 1,45).
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