Temporada de férias acentua lentidão na fronteira com a Argentina

Governador da província de Misiones pediu ao governo federal argentino que agilize a fiscalização na Ponte Tancredo Neves.

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Governador da província de Misiones pediu ao governo federal argentino que agilize a fiscalização na Ponte Tancredo Neves.

O início da temporada de férias escolares de inverno no Brasil e na Argentina, com a chegada diária de milhares de visitantes à região fronteiriça, está fazendo com que a travessia da Ponte Tancredo Neves, entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, torne-se ainda mais demorada. A lentidão está concentrada na passagem pela aduana argentina.

Na manhã de segunda-feira (11), brasileiros que iam ao país vizinho precisaram aguardar até duas horas para obter a permissão de entrada. Na terça-feira (12), um vídeo de um profissional de turismo, gravado na noite anterior, viralizou ao mostrar a grande fila de espera, enquanto apenas dois inspetores argentinos faziam o controle.

Em razão das reiteradas queixas, Oscar Herrera Ahuad, governador da província de Misiones, entrou em contato com o ministro do Interior, Wado de Pedro, para solicitar a urgente ampliação do pessoal disponível. Em ocasiões anteriores, agentes de outros postos fronteiriços foram temporariamente deslocados para Iguazú.

Já Joaquín Barreto, presidente da Câmara de Comércio de Puerto Iguazú (CCI), voltou a pedir a modificação do sistema de controle. A proposta defendida pela entidade é a implantação de um “corredor turístico”, no qual visitantes que fossem apenas a Puerto Iguazú e não pretendessem ficar mais que um dia estariam dispensados da fiscalização.

“É lamentável o que ocorre, nos deixa sem palavras, mas continuamos tratando de concretizar o projeto”, disse o dirigente, citado pelo jornal El Territorio. “Vamos contratar uma consultoria para fazer um levantamento dos tempos de espera para entrar, quantas pessoas entram e quantas se arrependem e voltam.”

O pico da temporada turística em Puerto Iguazú é aguardado para a segunda quinzena do mês, com expectativa superior a 90% de ocupação na hotelaria local. Em Foz do Iguaçu, cujo parque hoteleiro tem mais leitos que o total da cidade vizinha, a média projetada para o mês gira em torno de 75%.

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