Sequestro de ex-vice-presidente do Paraguai completa três anos

Paradeiro de Óscar Denis segue desconhecido; rapto foi cometido pelo grupo insurgente Exército do Povo Paraguaio (EPP).

Familiares do ex-vice-presidente do Paraguai, Óscar Denis, convocaram uma entrevista coletiva, nesse sábado (9), para recordar os três anos do sequestro do dirigente político e proprietário de terras na Região Centro-Norte do país.

Leia também:
Acidente na Ponte da Amizade deixa um morto e um ferido

O crime ocorreu em 9 de setembro de 2020, em uma das estâncias da família no limite entre os departamentos (estados) de Concepción e Amambay. Um trabalhador que estava com Denis também foi capturado, sendo libertado cerca de uma semana depois.

A autoria do sequestro foi assumida pelo grupo insurgente Exército do Povo Paraguaio (EPP), que exigiu a entrega de US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões) em cestas básicas para camponeses da região.

O resgate foi pago pelos familiares, que não têm, desde então, nenhuma informação sobre o patriarca, que completou 77 anos em fevereiro e faz uso de medicamentos controlados.

“Desde esse dia, nossas vidas se viram marcadas por sua ausência, por uma consciência permanente da injustiça e da insegurança que sequestraram o Paraguai, além da agonia de uma busca constante por respostas que, simplesmente, não chegam”, afirmou Beatriz Denis, filha do ex-vice-presidente e porta-voz da família.

Em seu discurso de posse, no dia 15 de agosto, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, disse que atuará para encontrar o paradeiro de Denis e de outros dois reféns que permanecem em poder do EPP, Edelio Morínigo e Félix Urbieta.

“Que aquilo que foi dito pelo presidente Santiago Peña em seu discurso de 15 de agosto, quando recordou os compatriotas sequestrados e suas famílias, renove esse compromisso de acabar com essa forma de crime em qualquer parte do país”, reforçou Beatriz.

Surgidos em 2022, rumores de que Óscar Denis teria falecido durante o cativeiro, e de que seu corpo estaria sepultado em uma área indígena nas proximidades da fronteira seca com o Brasil, não foram confirmados até o momento.

Vc lê o H2 diariamente? Assine o portal e ajude a fortalecer o jornalismo!
LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.