Senador defende proposta que agiliza trânsito na Ponte Tancredo Neves

Para Maurice Closs, que governou Misiones entre 2007 e 2015, falta vontade política para resolver de vez o problema.

Para Maurice Closs, que governou Misiones entre 2007 e 2015, falta vontade política para resolver de vez o problema.

Ex-governador da província de Misiones por dois mandatos (de 2007 a 2015), o senador Maurice Closs concedeu entrevista ao Canal 6, da Argentina, na qual declarou-se favorável à proposta de criação de um “corredor turístico” na Ponte Tancredo Neves. O objetivo é diminuir a burocracia na passagem entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu.

A iniciativa, impulsionada por entidades como a Câmara de Comércio de Iguazú (CCI), visa à instalação de um regime simplificado, no qual turistas e moradores que forem apenas a Puerto Iguazú, para voltar ao Brasil ou ao Paraguai no mesmo dia, não precisem mais parar na aduana. A fiscalização, nesses casos, ocorreria por amostragem.

No entender de Maurice Closs, falta vontade política na cúpula do governo argentino para debater o tema com profundidade. “A tomada de decisões é centralizada e não se pensa primeiro na necessidade de uma província, mas naquilo que a opinião pública vai pensar em Buenos Aires”, afirmou o senador, em um dos trechos da entrevista.

“Já passaram governos de todas as cores, muitos deles amigáveis, mas nunca conseguimos convencê-los, porque na capital é gerado o programa de televisão que mostra que na fronteira passa de tudo, e nós sabemos que é assim”, lamentou Closs, recordando que, durante seu governo, foi possível obter, pelo menos, a ampliação da aduana.

“Sou cético, mas vamos voltar a apresentar um projeto de lei, que vai ter duas frentes. A primeira é declarar de interesse público o corredor fronteiriço; a segunda é tornar operacional ou indicar ao governo que faça ser operacional o acordo que já existe, que é o do Polo Turístico do Iguassu”, detalhou o parlamentar.

Pelo acordo em questão, moradores de Brasil, Paraguai e Argentina, bem como os turistas que visitam a região, podem circular pelo raio de 30 quilômetros a partir das pontes sem necessidade de parar para mostrar documentos ao entrar ou sair de um país. Brasil e Paraguai adotam o modelo, porém a Argentina é contrária.

Além de facilitar a integração entre os moradores e dinamizar a circulação de turistas, a diminuição das filas na aduana argentina da Ponte Tancredo Neves poderia beneficiar o comércio de Puerto Iguazú. Com as atuais cotações, fazer compras no lado de lá está vantajoso para brasileiros e paraguaios.

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