Se fronteiras estivessem todas abertas, onde você abasteceria o carro gastando menos?

Já houve época em que foi melhor abastecer na Argentina; anos depois, no Paraguai. E agora?

Pra quem busca economia, atravessar a fronteira para abastecer o carro já não compensa. Ciudad del Este, que já foi a meca do preço baixo de combustíveis, perdeu o posto. E em Puerto Iguazú, se a fronteira estivesse aberta, não haveria filas de brasileiros para encher o tanque, como há 10 anos.

A ligeira vantagem, hoje, é para Foz do Iguaçu, mas provavelmente o preço da gasolina nunca esteve tão equilibrado nas três cidades da tríplice fronteira.

Com o último reajuste, o preço médio da gasolina em Foz é R$ 4,71 (o menor preço é R$ 4,47 e o maior R$ 4,89 o litro).

Em Puerto Iguazú, também já com o último reajuste, a gasolina super, a mais procurada, é vendida a 77 pesos (R$ 4,80); a premium, a 87,80 pesos (R$ 5,47).

Já em Ciudad del Este, o preço do litro é de 6.400 guaranis, o equivalente a R$ 4,76.

Não faz muito tempo, brasileiros faziam fila nos postos de Ciudad del Este para abastecer, com o preço até R$ 1,50 mais barato que no mercado de Foz, isso entre dois e quatro anos atrás.

Antes disso, a busca por melhor preço se concentrava na Argentina. Em 2011, o preço do litro de gasolina em Puerto Iguazú era equivalente a R$ 2,20, enquanto aqui estava em R$ 2,80.

São muitas as variáveis que explicam – ou quase isso – o preço dos combustíveis em qualquer dos três países. Uma delas é a variação do dólar, já que a cotação da gasolina é baseada em preços internacionais. Como o dólar subiu mais na Argentina que no Brasil, se havia alguma vantagem para os argentinos, acabou.

Quanto ao Paraguai, a moeda se mantém estável. Mas, ao contrário do Brasil e do Paraguai, não tem produção própria de petróleo, e o país fica ainda mais sujeito à oscilação dos preços internacionais.

Quem vive na fronteira busca sempre o melhor dos mundos, isto é, aproveitar para fazer a compra onde o preços compensa mais.

Mas a Argentina está de fora, pros moradores de Foz e Ciudad del Este. O governo Alberto Fernández prorrogou as medidas contra a pandemia, nesta segunda-feira, 2. As fronteiras permanecem fechadas, a princípio, até o último dia de fevereiro, 28.

Nenhum estrangeiro entra no país, seja por via terrestre, aérea, marítima ou qualquer outro ponto de acesso.

Na verdade, o governo argentino não tem qualquer previsão para reabrir as fronteiras. Calcula-se que isso possa acontecer lá por meados do ano, quando a vacinação estiver com mais vigor e já haja alguns milhões de pessoas imunizadas no país.

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