Após ser alvo de novas sanções econômicas do governo dos Estados Unidos, anunciadas no último dia 26, o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes comunicou que se afastará de todas as participações que possui no Grupo Cartes, conglomerado empresarial que gera cerca de dez mil empregos diretos e 150 mil indiretos.
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Considerado “significativamente corrupto” pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, Cartes e familiares estão impedidos de entrar no país na América do Norte. Outra sanção prevê o bloqueio de bens, propriedades e dinheiro em território estadunidense, além da proibição de que empresas e cidadãos dos EUA façam negócios com Cartes.
“Com o fim de preservar a integridade do Grupo e a fim de conseguir a normalização de suas operações, informamos que, através de processos de restruturação e reorganização permitidos pelas normas do Escritório de Controle de Bens Estrangeiros, o senhor Horacio Cartes se afastará por completo de toda participação acionária, direta ou indireta, e também deixará de ser beneficiário final das empresas do Grupo e todas suas filiais e subsidiárias”, diz o comunicado oficial do Grupo Cartes.
O conglomerado inclui empresas como a Tabacalera del Este (Tabesa), maior fabricante de cigarros do Paraguai; a indústria que produz os refrigerantes da marca Pulp; e iniciativas tecnológicas como a detentora do serviço Aquí Pago, utilizado, até mesmo, para o pagamento da taxa do visto exigido dos paraguaios que desejam viajar aos EUA.
Politicamente, Cartes continua em alta, tendo vencido, em dezembro, a disputa interna para a presidência do Partido Colorado, maior agremiação do país, e emplacando seu afilhado político, o economista Santiago Peña, como candidato da legenda na disputa pela Presidência da República, marcada para abril.
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