Iguaria, que faz parte do dia a dia da população paraguaia, ganha sabor ainda mais especial na Semana Santa.
Fruto do contato entre a cultura guarani e alimentos trazidos pelos espanhóis (como o queijo), a chipa é um dos símbolos da gastronomia do Paraguai. No dia a dia, o “pão paraguaio”, como também é conhecido, é consumido no café da manhã ou em qualquer hora do dia. No período de Semana Santa e Páscoa, ganha significado especial.
Preparada com ingredientes como farinha de mandioca, farinha de milho, queijo Paraguay, leite e ovos, a chipa é assada em diversos formatos, como o de “argola”, facilmente encontrado na fronteira. Uma das versões mais curiosas é a “chipa yacaré”, com os contornos de um jacaré. Os temperos podem variar de uma região a outra do país.
Na Semana Santa, um dos hábitos tradicionais, conservado nas cidades e nas comunidades do interior, é reunir a família para a produção caseira de chipa. O preparo costuma ser feito na quarta, em quantidade suficiente para que dure até domingo. A ocasião é aproveitada para colocar a conversa em dia e reforçar os laços familiares.
O município de Coronel Bogado, no Sul do Paraguai, é considerado a “Capital Nacional da Chipa”. No trajeto entre Ciudad del Este e Assunção, é comum parar na pequena Eusebio Ayala, às margens da Rodovia II, para comprar chipa recém-saída do forno em chiperías tradicionais como Barrero, María Ana e Leticia.
Além do Paraguai, a chipa faz parte da cultura de províncias argentinas como Corrientes e Misiones, onde é forte a influência guarani. No Brasil, a iguaria é frequentemente comparada ao pão de queijo, embora cada receita tenha suas características. Em Foz do Iguaçu, a chipa tem clientela garantida em padarias e supermercados.
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