Rumo à praia: paraguaios e argentinos movimentam aduanas

Turistas estão a caminho do litoral brasileiro; câmbio favorece férias deste lado da fronteira

Paraguaios e argentinos estão literalmente invadindo a praia dos brasileiros. Com preços em conta do lado de cá, eles cruzam a fronteira com o Brasil para passar férias no litoral.

Com o movimento em alta, as aduanas situadas nas fronteiras com a Argentina e o Paraguai recebem maior volume de pessoas para fazer o procedimento de migração, que é de responsabilidade da Polícia Federal (PF).

Na Ponte da Amizade, a PF registrou, entre 1.º e 14 de janeiro deste ano, 73.778 entradas e saídas. Na Ponte Tancredo Neves, fronteira com a Argentina, foram 62.427.

Fila aduana migração
Procedimento de migração deve ser feito para entrar e sair do país de origem. Foto: Marcos Labanca

Todos os turistas estrangeiros que cruzam a fronteira e têm como destino cidades brasileiras precisam passar pelo procedimento de entrada e saída do Brasil. Na Ponte da Amizade, o tempo de espera para fazer a migração é de 30 minutos a 40 minutos.

Migração aduana
Aplicativo facilita o cadastro para migração. Foto: Marcos Labanca

Para facilitar a vida dos turistas, a PF disponibilizou um aplicativo, que pode ser acessado via QR code, para que o cadastro seja feito com antecedência. No entanto, ainda há reclamações.

O paraguaio Eduardo Oviedo, 61 anos, passou na quarta-feira, 15, pela aduana da Ponte da Amizade para retornar ao país de origem. Radicado em Assunção, ele e a família ficaram dez dias em Caiobá.

família paraguaios
Família de Assunção passou férias em Caiobá. Foto: Marcos Labanca

Segundo Eduardo, falta mais informação sobre o procedimento de imigração. Apesar da disponibilidade do aplicativo, são necessárias informações para orientar o acesso. Na fila, não há funcionários para prestar esse tipo de serviço. “Não tem gente para orientar. Falta uma relação mais amistosa”, frisou.

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O casal Isac Mendonça, 56 anos, e Dolly Prieto, 52 anos, estava a caminho de Florianópolis e Itapema. Eles entraram no aplicativo e já fizeram o cadastro com antecedência, mas o que atrapalhou foi o tempo para cruzar a Ponte da Amizade – cerca de duas horas.

Família paraguaia
Isac cruzou a fronteira rumo ao litoral catarinense. Foto Marcos Labanca

Conforme Dolly, é preciso mais organização na fila da imigração. “Poderia ter duas filas, uma para quem fez o cadastro e outra para quem não tem”, sugeriu.

Há 25 anos viajando para as praias brasileiras, o casal, que vive em Coronel Oviedo, elogiou o litoral do país, que não tem comparação nem mesmo com Mar del Plata, na Argentina.

Argentina

Na aduana da Ponte Tancredo Neves também é intensa a movimentação no setor de imigração. Não só turistas argentinos entram no Brasil, mas também muitos estrangeiros que estão no país vizinho passam pelo procedimento para cruzar a fronteira com Foz.

Famíilia argentinos aduana
Família argentina rumo ao Rio de Janeiro. Foto: Marcos Labanca

O turista argentino Marcelo Cruz, de Tucumãn, estava indo ao Rio de Janeiro com a família para passar as férias. Ele disse que os valores estão favoráveis para os argentinos. “O câmbio convém para os argentinos”, opinou.

Os destinos mais procurados por argentinos e paraguaios são as praias do Paraná e Santa Catarina, porém muitos também estão de olho no Rio de Janeiro.

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