Roupa típica do Paraguai vira Patrimônio da Humanidade

Uma vestimenta típica do Paraguai, o Poncho Para’i de 60 Listras, foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como patrimônio imaterial da humanidade.

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O reconhecimento ocorreu no último dia 5, em Botsuana, durante reunião do comitê encarregado de analisar as candidaturas. Dessa forma, as “Técnicas Ancestrais de Confecção do Poncho Para’i de 60 Listras, da cidade de Piribebuy, República do Paraguai”, passarão a integrar a lista de preservação da agência internacional.

Em nota distribuída à imprensa, a Secretaria de Cultura do Paraguai descreve que, “historicamente, as técnicas ancestrais, que foram utilizadas pela primeira vez pelos povos indígenas, foram transmitidas de mãe para filha de forma oral. A roupa é um símbolo de unidade e identidade, tendo prestígio nacional por seu desenho e originalidade.”

O Poncho Para’i está associado, também, à Guerra da Tríplice Aliança (1865–1870), com os modelos nas cores preta e branca tendo sido usados por soldados paraguaios que pereceram no conflito.

Adriana Ortiz Semidei, ministra paraguaia da Cultura, celebrou a chancela da Unesco. “Esse reconhecimento presta homenagem às artesãs e artesãos da heróica cidade de Piribebuy, portadores do saber tradicional que torna possível a continuidade dessa técnica milenar”, afirmou Ortiz, citada pela agência pública IP Paraguay.

A próxima reunião do Comitê de Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em 2024, acontecerá no Paraguai, em cidade e data que ainda serão confirmados. Para a ocasião, espera-se que a guarânia, ritmo musical que marcou o século 20 no país e conquistou adeptos em todo o continente, seja alvo da análise dos especialistas em patrimônio.