Em meio à crise diplomática entre Paraguai e Argentina, desencadeada pela decisão unilateral argentina de cobrar pedágio na hidrovia do Rio Paraná, um novo incidente ganhou destaque na imprensa paraguaia nessa quarta-feira (13): a retenção de uma embarcação do país, durante dois dias, no acesso à eclusa da usina de Yacyretá.
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Em declarações ao canal ABC TV, o capitão do barco retido, Édgar Roa, disse que a barcaça com carga de combustível, destinada à região de Ciudad del Este, foi impedida de ter aceso à eclusa pela Prefeitura Naval Argentina (PNA), que argumentou questões relacionadas às condições meteorológicas, ao fluxo do rio e à segurança da represa.
“Hoje [13] pela manhã iniciamos a passagem pela eclusa, após quase dois dias amarrados no Cais Sul da represa de Yacyretá. Estamos com um total de 12 mil toneladas de carga de combustível, que precisamos descarregar na região de Ciudad del Este”, afirmou Roa, adicionando que situações como essa estão cada vez mais frequentes.
Embora não declarado pelas autoridades argentinas, o pano de fundo para a suposta “operação tartaruga” na passagem pela eclusa estaria relacionado aos protestos pela cobrança de pedágio no trecho argentino do Rio Paraná e à decisão paraguaia de suspender o envio à Argentina do excedente de energia do país em Yacyretá.
O conflito subiu de tom nas últimas semanas, após seguidas ordens judiciais emitidas pela Justiça Federal argentina, determinando a retenção de barcos (principalmente de bandeira paraguaia) por inadimplência em relação à tarifa de US$ 1,47 (cerca de R$ 7,50) por tonelada transportada.
Paraguai, Brasil, Bolívia e Uruguai questionam a legalidade do pedágio no trecho exclusivamente argentino do Rio Paraná, localizado entre a foz do Rio Paraguai e os portos da região de Rosário. A contestação tem como base o Tratado da Hidrovia, que define as regras de navegação internacional nos rios Paraná, Uruguai e Paraguai.
Para esta sexta-feira (15), o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai convocou reunião com representantes de outros setores do governo e da economia do país, para repassar as últimas respostas oficiais argentinas e planejar os próximos passos na mobilização.
Façamos o mesmo!!!!
Por que toda vez que a Argentina está no fundo do poço ela procura uma guerra ?
É uma cortina de fumaça imensa para mostrar aos argentinos que o governo é bom mas não enfrenta a gravíssima crise das contas e déficit do governo.
Na guerra das Malvinas a Argentina errou feio mas parece que não aprendeu com o erro.