A Receita Federal do Brasil (RFB) interceptou, nessa quinta-feira, 12, no aeroporto em Foz do Iguaçu, R$ 400 mil em equipamentos para minerar Bitcoin. São dez mineradoras, oito unidades de Starlink.
Os volumes foram despachados por duas empresas, de Maringá e Londrina, no Norte do Paraná. O destino dos equipamentos eram São Paulo e Maranhão.
A remessa por Foz do Iguaçu, na fronteira, gera a suspeita de que os produtos tenham sido comprados no Paraguai. Isso porque as empresas responsáveis são de outras cidades.
As cargas foram apreendidas após a constatação de irregularidades nos documentos fiscais. E foram encaminhadas para o depósito da Receita Federal.
Os equipamentos de mineração de Bitcoin apreendidos são máquinas especializadas em “minerar” a criptomoeda. Trata-se de um processo que exige grande capacidade de processamento, conforme a RFB.
Cada unidade desses equipamentos custa o valor médio de R$ 25 mil. Eles conseguem realizar cálculos para validar e registrar transações na rede do Bitcoin.
“Essas máquinas garantem o funcionamento e a segurança da moeda digital”, frisa a Receita. Para a importação e transporte legais, as máquinas devem seguir a legislação brasileira, com recolhimento de impostos e a documentação regular.
Mineração de Bitcoin
Além das mineradoras, também foram apreendidos oito dispositivos Starlink, tecnologia de internet via satélite, avaliados em R$ 26,4 mil. “Esses dispositivos têm como objetivo fornecer acesso à internet de alta velocidade em áreas remotas, onde outras formas de conexão, como internet fixa ou móvel, são limitadas”, contextualiza a Receita Federal.
A procura por esses equipamentos tem crescido no Brasil, principalmente em regiões mais distantes dos grandes centros urbanos, informa a Receita. O órgão enviará representações ao Ministério Público para apuração.
Os servidores públicos fortaleceram a fiscalização no aeroporto em Foz do Iguaçu devido ao aumento nas tentativas de envio irregular de equipamentos de mineração e outros produtos tecnológicos.