Na área da Marinha de Ciudad del Este, foram queimados 900 quilos de maconha, apreendidos em vários procedimentos, informou ao vivo o fotoperiodista Óscar Florentin.
A notícia, com a imagem da queima, provocou várias dúvidas entre os internautas que acompanham o fotoperiodista.
A primeira foi em relação ao próprio local da queima, ao lado do mato – em época de seca, seria um risco de incêndio. Além disso, há a questão da contaminação do ar.
Mas o que mais despertou a atenção foi a quantidade, que não parece de fato com o anunciado. “Nem 150 quilos há aí”, disse um internauta, no que outros concordaram.
“Apenas se vê uns quilinhos”, disse outro. Um até brincou com Óscar Florentin: “Óscar está chapadooooo”.
Por fim, mais dois comentários: “Queimam 50 (quilos) e 850 já chegam em São Paulo”
E: “Ninguém queima produtos que valem muito dinheiro”.
Os paraguaios, como se vê, são extremamente críticos, pragmáticos e desconfiados.
E O FORNO?
Também houve quem perguntasse sobre “o forno caro que o (presidente) Marito comprou”, que deveria estar funcionando na região de Assunção para a queima de drogas.
Na verdade, o forno foi inaugurado em agosto de 2018, pelo presidente Horacio Cartes, a um custo de 4 bilhões de guaranis (hoje, cerca de R$ 3,1 milhões).
Este forno, no entanto, apresentou problemas já em fevereiro do ano seguinte, quando foi preciso incinerar 2.199 quilos de cocaína. Como o forno não funcionou, a queima foi “à moda antiga”, isto é, ao ar livre, como noticiaram os jornais paraguaios na época.
Além disso, a capacidade do forno, construído na Argentina, é para a queima de 150 quilos de drogas por hora, a uma temperatura de 1.200 graus. Quer dizer, seriam necessárias várias horas para queimar toda aquela cocaína. E, mesmo, toda a quantidade de maconha queimada hoje em Ciudad del Este.
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