Fronteira terrestre mais movimentada da Argentina, a cidade de Puerto Iguazú voltará a contar com uma Mesa Interinstitucional contra o Tráfico de Pessoas. Foi o que revelou a ministra do Trabalho e Emprego da província de Misiones, Silvana Giménez, após reunião com o delegado do comitê que discute políticas de combate a esse tipo de crime.
Leia também:
Interpol prende suspeitos de tráfico de pessoas na fronteira
Em nota enviada à imprensa, o governo de Misiones descreveu que a mesa estará formada por “organismos nacionais, provinciais e municipais, além de sindicatos comprometidos na prevenção e erradicação da problemática do tráfico e exploração de pessoas, mediante proteção e assistência às vítimas”.
Nas décadas de 2000 e 2010, Misiones e províncias do Nordeste argentino estiveram entre as áreas mais afetadas pela atuação dos traficantes de pessoas, tendo como alvo, principalmente, mulheres jovens e em situação de pobreza, atraídas por ofertas de emprego em outros países da região ou da Europa.
A reunião entre a ministra Silvana Giménez e Emilio Pufahl, delegado do Comitê Executivo da Luta contra o Tráfico de Pessoas em Misiones, teve como objetivo planejar a constituição da Mesa Interinstitucional, que deve iniciar os trabalhos em 2023, e apontar passos como envolver autoridades brasileiras e paraguaias no trabalho.
As ações previstas incluem intensificar a orientação aos agentes responsáveis pela verificação das fronteiras, para facilitar a identificação de possíveis crimes; formalizar e caracterizar corretamente os casos detectados; e promover campanhas de informação da população, com a divulgação de canais como o número 145 (no Brasil, Disque 100).
Comentários estão fechados.