Província argentina da fronteira tem protestos de policiais e professores

Manifestação também conta com a adesão de profissionais da saúde; categorias cobram reposição das perdas causadas pela inflação.

Servidores públicos da província fronteiriça de Misiones, na Argentina, estão mobilizados, desde a semana passada, em um acampamento montado na capital, Posadas, para cobrar, do governo local, pautas como a reposição das perdas causadas pela inflação.

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Uma das categorias com maior mobilização é a dos policiais, cujas ações têm ampla visibilidade, em razão da sensibilidade dos temas da segurança pública. Professores e profissionais de saúde também fazem parte do movimento.

As reivindicações incluem atualização de 100% no valor dos salários, corroído pela inflação – que acumula, somente nos primeiros quatro meses do ano, 65%. No acumulado dos últimos 12 meses, por sua vez, o índice é de 289,4%.

Em declarações reproduzidas pelo jornal El Territorio, uma enfermeira, que pediu para não ter o nome publicado, disse que o salário ficou insuficiente para o sustento da família. “Não estamos chegando nem ao dia 15 do mês”, afirmou.

A possibilidade de atualização dos valores, contudo, enfrenta como desafio os cortes de subsídios e transferências de verbas aos governos provinciais e municipais, determinado pela gestão do presidente Javier Milei, no cargo desde dezembro.

Na manhã desta segunda, representantes do governo de Misiones apresentaram aos servidores proposta de reposição imediata de em média 30%, além de novos aditivos em junho e nos meses seguintes. Parte dos sindicatos aceitou, enquanto outros manifestaram interesse em continuar as negociações.

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