Empregados protestam no acesso à usina de Itaipu no Paraguai

Grupo de trabalhadores será desvinculado da entidade por decisão do novo governo paraguaio, que anulou o processo seletivo.

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O acesso à usina de Itaipu pela margem paraguaia do Rio Paraná, na cidade de Hernandarias, foi bloqueado, na manhã desta segunda-feira (16), por empregados que protestam contra a decisão adotada pela diretoria paraguaia, na última quarta-feira (11), de anular o processo seletivo que resultou na contratação de 187 trabalhadores.

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Com a anulação, o anúncio inicial foi de que todos os aprovados seriam desvinculados da entidade. No domingo (15), a informação repercutida pela imprensa do país era a de que quatro gestantes e uma lactante seriam provisoriamente mantidas. Já os demais teriam seu desligamento confirmado.

Os manifestantes pedem que a decisão de anular a seleção seja revista e que cada caso seja estudado pela área de recursos humanos da binacional. O processo foi realizado nos meses finais do governo de Mario Abdo Benítez, sendo alvo de questionamentos pela equipe do presidente Santiago Peña, que assumiu em 15 de agosto.

“O processo como um todo esteve viciado desde o começo”, afirmou o atual diretor-geral paraguaio de Itaipu, Justo Zacarías Irún, citado pelo jornal Última Hora. “O que nos leva à determinação de anular por completo os efeitos, sabendo que é impossível separar o joio do trigo.”

Luis María Riveros, porta-voz dos trabalhadores afetados, considerou que a decisão é injusta e carece de base legal. Em declarações ao jornal ABC Color, Riveros disse ver fundo político na questão, algo negado por Justo Zacarías Irún e demais integrantes da diretoria que tomou posse em agosto.

Segundo Itaipu, a assessoria jurídica da entidade no Paraguai está estudando o tema e revisando os regulamentos para “garantir a transparência do sistema de seleção de pessoal, para que a concorrência seja em igualdade de oportunidades e todos os paraguaios tenham a oportunidade de participar”.

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