O jornal argentino El Territorio publicou, na segunda-feira (3), matéria que confirma a percepção de que o fluxo comercial na fronteira está ganhando uma nova dinâmica. Se, antes, os brasileiros corriam para comprar na Argentina, agora é o contrário.
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Intitulada “Produtos brasileiros enchem as gôndolas das mercerias em Puerto Iguazú”, a reportagem mostra que cada vez mais moradores e pequenos comerciantes da cidade argentina estão vindo aos atacados de Foz do Iguaçu em busca de promoções.
“Com a diferença do câmbio e a inflação na Argentina, os produtos do país vizinho [Brasil] estão mais atrativos para o bolso local”, descreve o jornal, apontando que muitos moradores da região já estão habituados aos ciclos do comércio da fronteira.
“Pouco a pouco, os moradores de Puerto Iguazú voltam ao costume de atravessar a ponte e encher as sacolas – e as gôndolas dos comércios locais – com produtos brasileiros”, aponta o El Territorio.
Um dos casos citados pela reportagem é o de uma pequena comerciante de nome Verónica, que indicou que a pasta de dente da marca Colgate, em Foz do Iguaçu, chega a ser quase três vezes mais barata que na margem argentina do Rio Iguaçu.
“As pessoas gostam e estão acostumadas com os produtos do Brasil, só o que eu não trago é o azeite, porque não é saboroso. O resto, como leite, farinha, açúcar e produtos de limpeza, convêm, são produtos mais baratos e conseguimos revendê-los mais baratos que os produtos nacionais”, afirmou.
Adquiridas legalmente em Foz do Iguçau, as mercadorias são levadas ao território argentino, na maioria dos casos, de maneira informal, em pequenas quantidades.
Já a “invasão” dos mercados de Puerto Iguazú por brasileiros, que costumava ocorrer até o final de 2023, deixou de existir devido à disparada dos preços, com turistas e moradores da região limitando-se a itens como vinhos, doces, queijos, embutidos e carnes.
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