Procurado por tentativa de atentado em Brasília é preso no Paraguai

Brasileiro foi localizado pela Polícia Nacional do Paraguai em Ciudad del Este, em operação que teve o apoio da Polícia Federal (PF).

Em ação que teve o apoio da Polícia Federal (PF), agentes da Polícia Nacional do Paraguai prenderam em Ciudad del Este, nesta quinta-feira (14), o brasileiro Wellington Macedo de Souza, de 47 anos. A entrega às autoridades brasileiras, na cabeceira da Ponte da Amizade, está prevista para as próximas horas.

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Macedo é um dos três condenados no processo aberto para apurar a tentativa de explosão de uma bomba nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, na véspera do Natal de 2022. A sentença aplicada pela 8.ª Vara Criminal de Brasília prevê seis anos de prisão, em regime inicial fechado, além de multa no valor de R$ 9,6 mil.

O julgamento foi à revelia, sem a presença do réu, que estava oficialmente foragido desde janeiro de 2023. Seu paradeiro no Paraguai, contudo, já era conhecido pelas autoridades brasileiras, que requisitaram a prisão às instituições do país vizinho.

Em declarações ao jornal Correio Braziliense, o advogado Aécio Fernandes, responsável pela defesa de Macedo, disse que irá apelar ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) contra a sentença que condenou o cliente.

Natural do estado do Ceará, Wellington Macedo mantinha, no YouTube, um canal que divulgava conteúdos alinhados ao então presidente Jair Bolsonaro, em cujo governo chegou a ter cargo de assessoria no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, comandado pela atual senadora Damares Alves.

Em 2021, o blogueiro teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de incitação a atos antidemocráticos durante o 7 de Setembro.

No ano seguinte, foi candidato a deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), no estado do Ceará. Macedo também é apontado, pela Polícia Civil do Distrito Federal, como um dos participantes da tentativa de invasão à sede da PF em Brasília, na noite de 12 de dezembro de 2022.

Radialista capixaba

Além de Macedo, um segundo brasileiro, identificado como Maxcione Pitangui de Abreu, de 41 anos, foi preso no Paraguai nesta quinta-feira.

Radialista no Espírito Santo, Maxcione teve a prisão requisitada pelo ministro Alexandre de Moraes, em dezembro de 2022, por suspeita de participação e organização de atos antidemocráticos.

Ao jornal A Gazeta, do Espírito Santo, Marcelo Brasileiro, advogado de Pitangui, disse que conversou com o cliente por telefone e avaliará quais medidas tomar.

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