A Polícia Nacional do Paraguai anunciou, no fim da manhã desta quinta-feira (15), a captura de um cidadão de nacionalidade brasileira, apontado como o principal suspeito de liderar o grupo que escavou um túnel para esvaziar o cofre da Associação de Trabalhadores Cambistas (ATC), situada no centro de Ciudad del Este.
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Fabio D.M.S. (também conhecido como “Flavio” ou “Gordinho”), de 42 anos, foi encontrado em um acampamento em meio à mata na zona rural de Capitán Bado, fronteira seca com Coronel Sapucaia (MS). O local, segundo moradores das proximidades, é constantemente utilizado como esconderijo por fugitivos.
No acampamento, os policiais encontraram objetos e documentos em nome de uma segunda pessoa, de nacionalidade paraguaia, também procurada como suspeita de envolvimento no roubo que deixou como vítimas 148 cambistas, que armazenavam dinheiro e objetos em gavetas e armários do cofre invadido.
As buscas para encontrar o segundo indivíduo, que teria fugido momentos antes da chegada dos agentes, estão mobilizando toda a polícia da região de fronteira seca. A distância do esconderijo em relação ao território brasileiro, conforme o jornal ABC Color, é de cerca de 15 quilômetros.
Na última terça-feira (13), um paraguaio de 20 anos foi preso em Minga Guazú, município vizinho a Ciudad del Este, apontado como o responsável por dirigir e incendiar um furgão utilizado pelos ladrões para transportar o dinheiro subtraído.
Avanços
Em declarações à imprensa paraguaia, os coordenadores da investigação disseram já ter identificado cerca de 15 suspeitos, cujas identidades vêm sendo mantidas sob reserva. O caso envolveria criminosos paraguaios e brasileiros, tendo exigido uma complexa logística para a escavação do túnel, que tinha quase 200 metros de extensão.
Já quanto ao valor levado do cofre, o Ministério Público do Paraguai está convocando cada uma das vítimas para declarações individuais, no intuito de formalizar o montante.
Veículos de comunicação do Paraguai citam cifras entre US$ 2 milhões (R$ 10 milhões) e US$ 15 milhões (US$ 15 milhões), não havendo certeza sobre o quanto realmente havia nas gavetas e armários do recinto subterrâneo.
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