Além de Adalberto Martínez, dois brasileiros e outros 18 religiosos receberam o título em cerimônia comandada pelo papa Francisco.
A manhã deste sábado (27) entrará para a história da Igreja Católica no Paraguai. Pela primeira vez, um religioso nascido no país foi investido como cardeal. A honra coube a Dom Adalberto Martínez, arcebispo metropolitano de Assunção, escolhido pelo papa Francisco junto a outros 20 cardeais de várias partes do globo.
Além de Martínez, de 71 anos, a lista inclui os brasileiros Paulo César Costa e Leonardo Ulrich Steiner e o colombiano Jorge Enrique Jiménez Carvajal. Os novos integrantes farão parte do grupo de cardeais habilitados para votar (ou serem votados) no conclave para a escolha de um futuro pontífice para a instituição.
Para acompanhar a posse, celebrada no Vaticano, o governo do Paraguai enviou uma numerosa comitiva, que inclui o presidente Mario Abdo Benítez e a primeira-dama, Silvana López Moreira, além de ministros e representantes dos demais poderes constituídos.
A viagem gerou críticas não apenas pelo custo envolvido, mas pelo fato de que o comando do país ficou com o vice-presidente, Hugo Velázquez, alvo de sanções dos Estados Unidos por suposto envolvimento em casos de corrupção. Velázquez, que chegou a dizer que renunciaria ao cargo, reconsiderou e decidiu permanecer no governo.
Adalberto Martínez Flores nasceu em Assunção, em 8 de julho de 1951, e foi ordenado sacerdote em 1985. Além do Paraguai, atuou por nove anos nas Ilhas Virgens, território dos Estados Unidos localizado no Caribe. Preside a Conferência Episcopal Paraguaia desde 2018, tendo sido reeleito, no ano passado, para mandato até 2024.
O retorno do novo cardeal ao país está previsto para o dia 1.º de setembro, com uma série de homenagens públicas. Dados do Censo Demográfico de 2012 apontam que 87,9% da população paraguaia declara-se adepta do catolicismo, com as demais denominações cristãs representando 7,7% do total.
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