Situação foi registrada na tarde de domingo (7), no departamento (estado) de Misiones; dos mais de 30 fugitivos, pelo menos 16 já foram recapturados.
A pacata cidade de San Juan Bautista, no interior do Paraguai, foi sacudida na tarde de domingo (7) pela fuga de 35 internos da Penitenciária Regional de Misiones, localizada nas imediações. De acordo com o ministro da Justiça, Édgar Olmedo, vários dos fugitivos têm ligação com o grupo criminoso brasileiro Primeiro Comando da Capital (PCC).
Conforme os relatos, a situação ocorreu pouco depois das 16h (hora paraguaia). Enquanto parte dos presos incendiava colchões e criava tumultos em uma das alas da instituição, um grupo escalava as grades usando cordas feitas com lençóis e escapava do local, que tem capacidade para 900 detentos, mas enfrenta problemas de superlotação.
Os nomes dos fugitivos, em sua maioria de nacionalidade paraguaia, foram divulgados horas mais tarde pelo Ministério da Justiça. Víctor Manuel Roa e Edilson Silva da Cruz, sentenciados por participação no massacre da Penitenciária Regional de San Pedro, em 2019, aparecem na lista ao lado de condenados por homicídios, roubos e assaltos.
Já o total de recapturados, às 9h (hora brasileira) desta segunda-feira (8), chegava a 16. Segundo a imprensa paraguaia, os evadidos estavam em um raio de até dez quilômetros do estabelecimento penal e foram localizados graças a denúncias anônimas formuladas por moradores das áreas vizinhas.
Para os trabalhos de busca, foram mobilizados mais de 200 policiais, equipados com viaturas e um helicóptero, sob coordenação direta do subcomandante da Polícia Nacional do Paraguai, Baldomero Benítez.
O Ministério da Justiça, por sua vez, abriu um procedimento para apurar negligência ou envolvimento de funcionários na facilitação da fuga. Na última sexta-feira (5), o diretor da penitenciária havia renunciado ao cargo, alegando ser alvo de ameaças de morte desde um procedimento que resultou na apreensão de drogas e armas nas celas.
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