Presidente eleito do Paraguai é recebido por Lula em Brasília

Santiago Peña convidou o brasileiro para a posse, em agosto; integração e Tratado de Itaipu estiveram entre os assuntos abordados.

Em sua primeira viagem internacional como presidente eleito do Paraguai, o economista Santiago Peña, de 44 anos, esteve em Brasília, nessa terça-feira (16), para reunião com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Peña agradeceu pelos cumprimentos recebidos ainda na noite da vitória e convidou Lula para a posse, no dia 15 de agosto.

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Entre os temas abordados no encontro, destaque para a implantação de políticas de integração entre Brasil e Paraguai, para a discussão em torno do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia e para a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, que completou 50 anos em 2023 e será atualizado no segundo semestre.

“Eu disse ao presidente Lula que hoje só posso olhar com admiração para o que brasileiros e paraguaios fizeram há 50 anos. Disse a ele que quero que, em 50 anos, olhem da mesma forma para o que nós fizermos hoje, que possamos melhorar a qualidade de vida do nosso povo. Nossa conversa não pode ser apenas sobre investimento e dinheiro, mas sobre o processo de integração”, afirmou Peña, conforme citação da Agência Brasil.

Já quanto ao acordo entre Mercosul e União Europeia, que entrou em uma fase de impasse após a apresentação de novas exigências ambientais pelo bloco europeu, o presidente eleito do Paraguai disse que sua visão é semelhante à do Brasil.

“Somos a favor [do acordo] e temos a mesma visão que o Brasil, de que algumas restrições na questão ambiental são muito duras para uma região do mundo que precisa se desenvolver sendo cuidadosa com o meio ambiente. Temos que revisar os termos do acordo”, declarou o futuro presidente paraguaio.

Eleito no dia 30 de abril, com 42,7% dos votos, Santiago Peña, do Partido Colorado, terá maioria no Senado e na Câmara dos Deputados. O maior entrave para a governabilidade, na avaliação de analistas políticos paraguaios, poderá vir do próprio partido, fragmentado em blocos internos por vezes antagônicos.

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