Em meio aos temores de fechamento da ponte entre a cidade argentina de Comandante Andresito e Capanema, no Sudoeste do Paraná, autoridades locais se reuniram, na tarde dessa quinta-feira (27), para reivindicar aos órgãos de fiscalização brasileiros a ampliação do horário de funcionamento da fronteira, atualmente aberta apenas das 8h às 17h.
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A reunião foi realizada na sede do Conselho Deliberante (Câmara Municipal) de Andresito, com a presença do prefeito Bruno Beck, do cônsul da Argentina em Foz do Iguaçu, Alejandro Massuco, vereadores, deputados e lideranças da comunidade. Do lado brasileiro, participaram os prefeitos de Capanema, Américo Bellé, e de Planalto, Luiz Carlos Boni.
Em sua intervenção durante a reunião, o cônsul argentino disse que manifestou sua preocupação às autoridades federais em Foz do Iguaçu, que descartaram a desativação do posto de fiscalização migratória localizado na cabeceira brasileira da ponte internacional sobre o Rio Santo Antônio.
Tal hipótese foi levantada após entrevista concedida pelo delegado-chefe da Polícia Federal (PF) em Foz, Marco Berzoini Smith, à Rádio Cultura AM, no mês de maio, mencionando que o movimento na fronteira entre Capanema e Andresito é pequeno e a tendência seria de fechamento do posto de controle mantido pelo órgão.
“O posto de fronteira de Capanema tem uma tendência grande a ser fechado, porque abriu Santo Antônio do Sudoeste, e, pelos últimos relatórios de migração, Santo Antônio, a cerca de 50 quilômetros à frente de Capanema, tem mais de dez vezes o movimento que tem em Capanema”, avaliou, na ocasião, o delegado brasileiro.
Entrevista à Rádio Cultura, em 5 maio de 2023, onde o delegado fala, a partir de 34:49, sobre a situação do posto de Capanema.
A solução para incrementar o movimento, na visão dos gestores municipais dos dois lados da fronteira, é ampliar o horário de funcionamento da ponte. “O que é preciso fazer é deixar a ponte aberta durante as 24 horas”, ressaltou o prefeito de Capanema, Américo Bellé, conforme material distribuído à imprensa pela prefeitura de Andresito.
Já o prefeito da cidade argentina, Bruno Beck, expressou que é preciso remover “todas as barreiras que nos separam e agilizar os trâmites para facilitar a passagem fronteiriça, uma vez que somos irmãos e queremos nos visitar, algo que beneficia o crescimento de todos. Estamos há vários anos fazendo esse pedido, mas sem uma resposta concreta”.
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