Pra atrair iguaçuenses, Argentina não cobra mais teste de antígeno

Comerciantes e donos de restaurantes dizem que a situação quase não mudou, uma semana depois da reabertura.

Comerciantes e donos de restaurantes dizem que a cobrança era um dos fatores que desestimulavam a ida de brasileiros.

Os comerciantes de Puerto Iguazú ainda estão na expectativa de que mais brasileiros visitem, frequentem restaurantes e façam compras. Uma semana depois da reabertura da fronteira com Foz do Iguaçu, o movimento na cidade argentina é muito pequeno.

Para tentar atrair mais iguaçuenses, principalmente, o governo da província de Misiones decidiu não cobrar mais pelo teste de antígeno, que é feito nas imediações da Aduana. Pelo teste, era preciso pagar R$ 150.

Ao portal El Territorio, o presidente da Câmara de Comércio de Iguazú, Joaquín Barreto, havia dito que a cobrança do teste era um dos fatores que explicavam a baixa presença de brasileiros, principalmente de Foz do Iguaçu.

E ao portal La Voz de Cataratas, Barreto lembrou que os comerciantes fizeram grandes investimentos em estoque de mercadorias e na contratação de pessoal, justamente na expectativa de atender compradores do Brasil.

Com exceção da gratuidade do teste de antígeno, os protocolos para entrar na Argentina não mudaram: confirmação de duas doses de vacina anti-covid, teste negativo para o vírus, feito até 72 horas antes, teste de antígeno e preenchimento de uma declaração jurada, o que pode ser feito pela Internet e apresentado na Aduana.

SEM COBRANÇA

O governador Oscar Herrera Ahuad havia informado ao portal El Territorio que esta semana o teste de antígeno passaria a ser gratuito para os visitantes.

A medida é para atrair mais brasileiros, já que o número de turistas ainda está abaixo do que era esperado. Mas Ahuad também afirmou que a prioridade continuará sendo a segurança sanitária.

O presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Puerto Iguazú, Juan Pablo Bauzá, disse que a gratuidade do teste de antígeno vale apenas para os brasileiros. Os argentinos que retornam ao país vão continuar pagando a taxa.

Para Bauzá, realmente há muitas exigências para entrar no país, mas o importante é que a fronteira reabriu e, agora, será preciso trabalhar para flexibilizar os protocolos.

E O PARAGUAI?

O governo de Misiones continua esperando autorização da presidência do país para abrir as fronteiras com o Paraguai e também a de Bernardo de Irigoyen, fronteira seca com Barracão (PR) e Dionísio Cerqueira (SC).

Com o Paraguai, a mais importante é a ligação entre Posadas e Encarnación, pela ponte San Roque González de Santa Cruz.

O governador Oscar Herrera Ahuad confirmou ao portal Misiones Cuatro que desde sexta-feira, 1, estão estabelecidos os protocolos para a abertura, que serão semelhantes aos aplicados na Ponte Tancredo Neves.

A expectativa do governador é que a autorização do governo nacional saia brevemente. “Se assim for, temos tudo preparado em matéria sanitária e de protocolos”, disse o governador.

DECEPÇÃO

No Paraguai, por enquanto, é só decepção. Primeiro, com o atraso, já que o anúncio do governo argentino era que as fronteiras abririam em 1º de outubro. Depois, com as limitações que serão impostas para a entrada e saída do país, como noticia o jornal Última Hora.

A diretora geral de Migrações do Paraguai, Ángeles Arriola, diz que é preciso analisar quais serão as condições impostas pela Argentina, mas “não vai haver essa ida e volta que se dava antes da pandemia”.

O “ida e volta” é esperado pelos comerciantes de Encarnación, que ficaram sem os compradores argentinos, atraídos pelos preços mais baixos do mercado paraguaio.

Do lado argentino, o fechamento da fronteira aumentou o movimento no comércio de Posadas. Por consequência, cresceu também a arrecadação do governo provincial, a partir de março de 2020.

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