Abastecer e pagar com cartão de crédito pode deixar de ser opção nos postos de combustíveis de toda a Argentina, em razão de uma queda de braço entre a maior associação do setor, a Confederação de Entidades do Comércio de Combustíveis e Afins (CECHA), e as operadoras das principais bandeiras de cartões.
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Em comunicado emitido à população do país, a CECHA informou que, após inúmeras tentativas de negociação em relação a pontos como as taxas cobradas pelas operadoras (que podem chegar a 1,8%) e os prazos para o repasse do dinheiro gasto pelo consumidor (de 10 a 15 dias), a entidade decidiu judicializar a questão.
“Pedimos um novo sistema, similar ao que existe em países como Brasil, Chile e Uruguai, onde estão presentes as mesmas emissoras de cartão de crédito”, detalha a instituição. “Caso não haja solução, essa situação pode fazer com que os postos de todo o país adotem a urgente decisão de aceitar apenas dinheiro e cartões de débito.”
“Em um país inflacionário como a Argentina, é claramente incompreensível que as operadoras demorem 10 dias – que, em muitos casos, acabam virando 15 – para repassar o valor da compra”, critica a entidade, destacando, ainda, o fato de que as atuais margens de lucro para a venda de combustíveis na Argentina são muito reduzidas.
O pedido às operadoras é para redução da taxa a 0,5% e efetivação do pagamento em 48 horas. Na província de Santa Fe, precisamente, o braço local da CECHA obteve decisão judicial determinando percentual de 0,5% e 72 horas para pagamento. Visa, Mastercard e demais empresas presentes no mercado argentino não se manifestaram.
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