Empresas do interior do país anunciaram suspensão dos serviços entre as 22h de quarta-feira (29) e a manhã de quinta (30).
Para pressionar o governo a encontrar soluções quanto à escassez de óleo diesel em grande parte do país, empresas ligadas à Federação Argentina de Transportadores de Passageiros (Fatap) anunciaram que vão suspender, das 22h de quarta (29) às 6h de quinta-feira (30), a circulação do transporte coletivo nas localidades do interior.
Em comunicado difundido à imprensa, os empresários justificam que a prioridade, diante das dificuldades em renovar os estoques, é atender a população nos horários de pico. A federação questiona, também, a defasagem nos subsídios pagos pelo Estado e a dificuldade cada vez maior em cobrir os custos operacionais.
“À impossibilidade material de atender salários, décimo-terceiro e os custos fundamentais, como combustíveis, lubrificantes, pneus, manutenção e seguros […] somam-se os constantes incrementos no preço do diesel, além do esgotamento do estoque disponível e da falta de reposição, deteriorando ainda mais a equação econômica”, afirma a entidade.
Na província fronteiriça de Misiones, os principais afetados pela limitação (que pode ser estendida pelos dias seguintes) devem ser os passageiros da capital Posadas e municípios vizinhos. Em Puerto Iguazú, o uso do transporte coletivo no período noturno é pequeno na comparação com a demanda diurna, o que reduz o impacto das restrições.
Por sua vez, levantamento feito pela Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte Rodoviário de Cargas (Fadeeac) revela que apenas a província de Terra do Fogo, no Sul do país, não enfrenta problemas de abastecimento. Em todas as demais regiões, incluindo Buenos Aires, a escassez de diesel aparece como moderada ou grave.
A situação é gerada por fatores como a insuficiência da produção local e a inviabilidade econômica de importar combustível, uma vez que os preços praticados na Argentina estão defasados na comparação com o mercado internacional.
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