Ponte Tancredo Neves perde o posto de mais movimentada da Argentina

Passagem entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu foi superada por uma outra ponte, na fronteira com o Uruguai.

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No acumulado dos oito primeiros meses de 2023, a Ponte Tancredo Neves, entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu, perdeu o posto de fronteira terrestre mais movimentada da Argentina. Dados divulgados pelo Ministério do Turismo do país revelam que uma outra passagem, localizada mais ao sul, assumiu a liderança quanto à circulação de estrangeiros.

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Conforme relatório elaborado pela Direção Nacional de Mercados e Estatística, do Ministério do Turismo e Esportes, entre 1.º de janeiro e 31 de agosto, mais de 4,6 milhões de viajantes estrangeiros foram à Argentina para atividades turísticas. De abril a agosto, inclusive, as cifras mensais foram superiores às de 2019, último ano antes da pandemia.

Em relação à procedência, o Uruguai desbancou Brasil e Chile e agora está na primeira colocação, com 20,6% do total. Na sequência, aparecem chilenos (19,3%), brasileiros (18,8%), estadunidenses (7,7%), paraguaios (7,7%), bolivianos (3,4%), espanhóis (2,6%), peruanos (2,4%), colombianos (1,8%) e franceses (1,7%).

No que diz respeito ao ponto de entrada, a região de Buenos Aires tem os três locais mais movimentados: Aeroporto Internacional de Ezeiza (20,6%), Aeroparque Jorge Newbery (12,4%) e Porto de Buenos Aires (10,9%).

Já quanto às passagens terrestres, a ponte que conecta as cidades de Gualeguaychú (Argentina) e Fray Bentos (Uruguai), sobre o Rio Uruguai, passou a ser a via mais procurada, com 7,5% do total da entrada de turistas estrangeiros.

A fronteira entre Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu, que vinha liderando as estatísticas, caiu para a segunda colocação, com 6,4%, seguida por dois postos montanhosos entre Argentina e Chile: Paso Cardenal Samoré (4,4%), próximo ao Parque Nacional Nahuel Huapi, e Paso Cristo Redentor (3,9%), na região de Mendoza.

O aparente recuo na movimentação de estrangeiros na Ponte Tancredo Neves não representa, contudo, diminuição na atividade turística na região das Cataratas do Iguaçu, que acumula bons números desde o início do ano. A perda da primeira colocação pode ser atribuída, diretamente, ao crescimento no fluxo de turistas do Uruguai.

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