Construída ao custo de US$ 2,2 milhões e inaugurada em janeiro de 2020, a nova ponte sobre o Rio Acaray, ligando os municípios de Hernandarias e Minga Guazú, está praticamente sem uso. O motivo é a dificuldade de acesso, já que as estradas que levam até o local ainda não foram asfaltadas.
Em reportagem publicada nesta terça-feira (27), o jornal La Clave, de Ciudad del Este, destaca que a obra é parte do futuro contorno viário (uma espécie de “perimetral”) projetado para conectar as cidades fronteiriças à segunda ponte Brasil-Paraguai, cuja cabeceira paraguaia está sendo erguida em Presidente Franco.
A intenção do trajeto é possibilitar a ligação direta entre os municípios, tirando o fluxo de caminhões de áreas mais povoadas. Os investimentos estão a cargo do Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC), que ainda não informou sobre a data de início do asfaltamento do trecho.
“O compromisso era que em 2020 deveriam ter começado as obras de acesso, no entanto, até o momento, os usuários devem suportar o caminho de mais de 20 quilômetros de terra em ambas as margens, que fica intransitável em épocas de chuva”, escreve o jornal paraguaio.
Pelo lado de Minga Guazú, onde a estrada de acesso à Ponte Padre Guido Coronel começa nas imediações do km 16 da Ruta Internacional, a parte localizada no perímetro urbano tem asfalto ou calçamento poliédrico. Do lado de Hernandarias, toda a extensão entre a Supercarretera e a ponte é de terra batida.
À reportagem do La Clave, Jaime Zorrilla, representante da prefeitura de Hernandarias, disse esperar que os trabalhos, coordenados pelo MOPC, comecem em 2022.
A ponte foi projetada para suportar a passagem de caminhões bitrens, criando um novo corredor para a exportação de produtos cultivados em áreas com grande presença de agricultores de origem brasileira, como San Alberto e Minga Porã.
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