Ponte foi liberada, mas “paseros” mantêm exigências e podem fazer novos bloqueios

Formaram-se filas quilométricas durante toda a manhã, no lado brasileiro. À tarde, o tráfego foi sendo liberado gradativamente.

A liberação da Ponte da Amizade pelos “paseros” (que fazem pequenos contrabando de mercadorias do Brasil para o Paraguai) terminou depois de uma intervenção da promotora Estela Mary Ramírez, que prometeu aos manifestantes levar suas reclamações à promotoria geral.

O trânsito na fronteira ficou parado durante toda a manhã, formando uma gigantesca fila no lado de Foz do Iguaçu. Depois do acordo com a promotora, os paseros fizeram bloqueios intermitentes a cada 10 minutos, mas pouco a pouco o congestionamento foi diminuindo.

Não se sabe se haverá novos protestos nesta terça-feira, 6, já que os manifestantes exigem que se cumpra um acordo firmado com a Aduana e representantes do governo em 2019, que até agora é letra morta, informa o ABC Color.

O protesto foi desencadeado depois que, na semana passada, houve a detenção de aduaneiros, militares e paseros, envolvidos, segundo a promotoria, em casos de corrupção e suborno.

O governador de Alto Paraná, Robergo González Vaesken, lembrou alguns pontos que os paseros vêm exigindo há vários anos: excluir

a exigência de permissão fitossanitária para produtos de autoconsumo das famílias, pelo regime de trânsito vicinal fronteiriço; agilizar as gestões e trâmites na zona primária; analisar o volume de produtos paraguaios que abastecem os mercados das quatro cidades principais para conhecer as necessidades existentes na região.

Querem, também, que seja habilitado um posto de cobrança de impostos aduaneiros no recinto da Aduana de Ciudad del Este, entre outros pontos.

Vc lê o H2 diariamente? Assine o portal e ajude a fortalecer o jornalismo!
LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.