Exatamente 105 jovens – 56 homens e 49 mulheres -, procedentes de Foz do Iguaçu, foram expulsos de Ciudad del Este pela polícia paraguaia, na madrugada desta segunda-feira, 8.
(A Polícia Federal do Brasil confirma que 75 jovens entraram no país, depois de expulsos do Paraguai. Leia ATUALIZAÇÃO, no final da matéria).
A operação foi conduzida pelo promotor Modesto Torales que, nos comentários de publicações no Facebook, foi devidamente aplaudido pelos moradores de Ciudad del Este.
Os jovens brasileiros, como não podem se aglomerar nos botecos de Foz, foram a Ciudad del Este, onde o bar “Santo Boteco” já é bem conhecido deles, pelas festas que promove.
Aparentemente, os festeiros não acreditaram nas autoridades paraguaias, quando informaram que festas e aglomerações não seriam permitidas, inclusive com recado aos brasileiros que atravessaram a ponte para se divertir, na semana passada.
Quer dizer, além de inconsequentes, já que todos sabem que a pandemia chegou a um ponto crítico no Brasil, no Paraná e em Foz, esses jovens são desinformados e se acham acima da lei.
Todos os que estavam na festa do Santo Boteco foram conduzidos à delegacia de polícia, identificados e, depois, levados em viaturas ou acompanhados até o limite da Ponte Internacional da Amizade, para retornarem ao Brasil.
Eles agora ficam sujeitos a penalidades no Paraguai, previstas por desobediência aos decretos que proíbem a circulação depois da meia-noite e, ainda, por promover aglomerações. Não se sabe, ainda, se poderão incorrer nas multas previstas no decreto municipal de Foz.
Veja vídeos que viralizaram nas redes sociais. O primeiro mostra o bar, já lotado, ainda de dia. No segundo, a intervenção da polícia e da promotoria:
A GENTE AVISOU
O alerta das autoridades paraguaias saiu inclusive aqui no H2FOZ:
Acabou a alegria dos brasileiros que iam festar em Ciudad del Este, nos finais de semana
ATUALIZAÇÃO: E NO BRASIL?
O delegado Roberto Biasoli, chefe da Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu, disse que o órgão não foi comunicado oficialmente sobre as expulsões. Houve uma comunicação informal, à noite, e a PF foi receber os brasileiros expulsos.
Segundo ele, eram 75 brasileiros. Todos tiveram antecedentes verificados, mas nenhum tinha pendência com a Justiça e foram liberados.
No entanto, o que eles cometeram no Paraguai, lembrou o delegado, é crime e terão que responder por isso no país vizinho. Este tipo de crime não está previsto nos tratados internacionais que o Brasil assinou.
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