Pela segunda vez em menos de dez dias, internos ligados ao grupo criminoso PCC tentavam escapar pelo teto da instituição.
Agentes do serviço penitenciário e da Polícia Nacional do Paraguai frustraram, nessa terça-feira (30), uma nova tentativa de fuga na Penitenciária Regional de Ciudad del Este. A tática era similar à descoberta no último dia 21, quando um buraco no teto foi encontrado em uma das alas da instituição, que enfrenta problemas de superlotação.
De acordo com a imprensa paraguaia, o buraco, com cerca de 50 centímetros de abertura, estava camuflado com tábuas. Tal como no episódio passado, o plano teria sido articulado por detentos ligados à facção brasileira Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua dentro e fora dos presídios também no país vizinho.
Durante vistoria às celas, os policiais encontraram um celular Samsung, três roteadores de internet, um aparelho de som, 53 armas brancas de fabricação caseira, 12 frascos de cachaça artesanal, oito garrafas de uísque e duas porções de uma substância preliminarmente identificada como maconha.
Com problemas de estrutura, a Penitenciária Regional de Ciudad del Este é considerada pelos próprios gestores como uma bomba-relógio, por estar localizada em uma área com densa ocupação urbana, no bairro Boquerón, a poucos metros de instituições de ensino e a menos de dois quilômetros da barranca do Rio Paraná.
O plano do governo paraguaio é desativar o espaço e transferir a população carcerária para um novo estabelecimento prisional, que está em fase final de construção no município vizinho de Minga Guazú, a cerca de 15 quilômetros da fronteira. A data de transferência, entretanto, ainda não foi definida.
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