Operação teve como base a troca de informações com a Polícia Federal, que monitorava a atuação do grupo.
Dois brasileiros e quatro paraguaios foram presos, nessa segunda-feira (18), durante operação especial para desarticular uma quadrilha que planejava sequestrar um fazendeiro de origem brasileira. O crime ocorreria em Santa Rosa del Monday, cidade com menos de dez mil habitantes, a 70 quilômetros da fronteira com Foz do Iguaçu.
O procedimento teve como base troca de informações entre a Polícia Nacional do Paraguai e a Polícia Federal do Brasil. As investigações apontam, como mentor intelectual do plano, um homem já recluído no sistema penitenciário paraguaio. O indivíduo é tido como um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no país.
Em comunicado à imprensa, a polícia paraguaia informou que os suspeitos foram presos durante ações simultâneas em Ciudad del Este, Santa Rita e Encarnación. Os dois brasileiros, localizados na área central da capital do Alto Paraná, têm antecedentes penais no Brasil por crimes como homicídio doloso, lesão corporal e ameaça.
Com os seis investigados, foram apreendidas duas escopetas calibre 12, dois revólveres, munições diversas, celulares, chips de telefonia, máscaras como as utilizadas pelos personagens da série La Casa de Papel e um veículo Toyota com placas do Paraguai.
Dos quatro paraguaios presos como integrantes do grupo, três são moradores de Santa Rita, cidade vizinha a Santa Rosa del Monday. A identidade do fazendeiro que vinha sendo monitorado pelo grupo será mantida em sigilo. O pedido de resgate, caso o crime se concretizasse, seria superior a G$ 1 bilhão (R$ 678,8 mil).
O interior do departamento (estado) do Alto Paraná é formado por pequenas cidades, com economia baseada no agronegócio. A região, colonizada nas décadas de 1970 e 1980 por agricultores de origem brasileira, é uma das mais ricas do Paraguai. A estrutura de segurança é reduzida, com poucas equipes e viaturas policiais à disposição da população.
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