
O governo do Paraguai confirmou, na última sexta-feira (14), a intenção de instalar uma praça de pedágio no acesso à Ponte da Integração.
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A confirmação surgiu durante reunião entre autoridades de Presidente Franco, município onde fica a ponte, e do Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC).
De acordo com as informações difundidas à imprensa local, a praça de pedágio ficaria no chamado Lote Rural, ao sul da Ponte da Integração. A localização exata estaria entre a nova ponte do Rio Monday (em construção) e a comunidade rural de Puerto Península.
A cobrança para transitar pelo anel viário do Corredor Metropolitano del Este afetaria, principalmente, os caminhoneiros. Isso porque a rota obrigatória para os caminhões oriundos ou com destino à Ponte da Integração envolveria a passagem pelo local.
Ainda não há informações sobre tarifas ou modelo de exploração, se pelo próprio MOPC ou por uma empresa concessionária.
A construção da Ponte da Integração teve recursos da diretoria brasileira de Itaipu. As obras de acesso no lado paraguaio, contudo, não contam com verbas da binacional ou do Brasil. Para financiá-las, o governo do Paraguai contraiu um empréstimo internacional.
A decisão de cobrar pedágio na estrada no lado paraguaio cabe única e exclusivamente ao governo do Paraguai.
Pedágio na Ponte da Integração
Enquanto isso, autoridades de Presidente Franco pedem o cancelamento do pedágio ou a isenção para os veículos emplacados na cidade. Roya Torres, deputada com base eleitoral em Franco, protocolou projeto de lei no Congresso para solicitar a isenção.
Cabe recordar que o Brasil apresentou, no ano passado, proposta para entregar a gestão das pontes internacionais do país à iniciativa privada. Um dos lotes incluiria, justamente, a Ponte da Integração e suas vizinhas Tancredo Neves e da Amizade.
Se levado adiante, o novo modelo pode incluir a cobrança de pedágio nas pontes da fronteira com o Paraguai e a Argentina. A arrecadação teria como finalidade bancar manutenção e melhorias nas passarelas fronteiriças.
À época, entidades de Foz do Iguaçu, Ciudad del Este, Presidente Franco e Puerto Iguazú manifestaram postura contrária à proposta. Já quanto à Ponte da Integração, ainda não há, até o momento, confirmação de data para a abertura.